Ambas as equipes chegam invictas para o duelo; seleção brasileira mira o título inédito da competição e italianas visam manter a melhor fase de sua história
Tratada como uma “final antecipada”, a semifinal do Campeonato Mundial de vôlei feminino entre Brasil e Itália será disputada neste sábado (6), às 9h30 (horário de Brasília), no Huamark Indoor Stadium, em Bangkok, capital da Tailândia. O confronto reúne as duas melhores seleções da atualidade: a Azzurra lidera o ranking mundial e conquistou três títulos consecutivos entre Jogos Olímpicos (2024) e Liga das Nações (2024 e 2025), enquanto a equipe brasileira soma duas medalhas olímpicas (2020 e 2024) e o vice-campeonato mundial em 2022.
O Brasil chega invicto para o jogo decisivo, com cinco vitórias e três sets perdidos, sendo dois para a França e um para a República Dominicana, ainda na fase de grupos.
Também com 100% de aproveitamento, a Itália cedeu apenas um set para a Bélgica durante a primeira fase.
O duelo terá transmissão ao vivo pelo Sportv 2 e pela VBTV, plataforma de streaming oficial da Volleyball World.
Pela outra semifinal, Japão e Turquia medem forças em busca de uma vaga na decisão.
Retrospecto é favorável ao Brasil em mundiais
Vice-campeão em 1994, 2006, 2020 e 2022, além do bronze em 2014, a seleção brasileira segue em busca de um título inédito no Campeonato Mundial. Para isso, terá de superar a forte seleção italiana, favorita no confronto.
Apesar do desafio, o ‘voleifã’ brasileiro pode se apoiar no histórico para manter a esperança de um bom resultado: Brasil e Itália já se enfrentaram cinco vezes em Mundiais, com cinco vitórias do quadro verde e amarelo.
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O primeiro duelo ocorreu em 1990, com vitória por 3 sets a 0, quando ainda havia a regra da vantagem e dos sets de 15 pontos. Em 2010, no Japão, novo triunfo por 3 a 0. Quatro anos depois, em solo italiano, o Brasil venceu as anfitriãs por 3 a 2 na disputa pelo bronze. Já em 2022, as equipes se encontraram duas vezes nos Países Baixos: vitória por 3 a 2 na fase de grupos, em Rotterdam, e novo triunfo, desta vez por 3 a 1 na semifinal, em Apeldoorn.
O retrospecto da competição favorece o Brasil, contudo, os dois encontros mais recentes apontam vantagem para a Azzurra, que venceu por 3 sets a 0 na fase classificatória e por 3 a 1 a decisão da recém-finalizada Liga das Nações.
Na tentativa de encerrar um jejum de oito anos sem títulos de nível mundial — o último foi o extinto Grand Prix, em 2017, sobre a própria Itália — a seleção brasileira entra em quadra com um elenco parcialmente renovado em relação aos Jogos Olímpicos de Paris 2024, contando com sete medalhistas de bronze: Gabi, Rosamaria, Macris, Roberta, Diana, Julia Bergmann e Tainara.

Itália embalada pela melhor fase de sua história
A Itália já subiu em cada uma das três posições do pódio em Campeonatos Mundiais: foi campeã em 2002, vice em 2018 e bronze em 2022.
Para a atual edição, a equipe é apontada como a principal candidata ao título. E não por acaso: a Azzurra vive o melhor momento de sua história no vôlei feminino.
Desde a chegada do técnico Julio Velasco, em novembro de 2023, a Itália frequenta o topo do pódio. Lendário técnico do esporte, Velasco foi bicampeão mundial e tricampeão europeu à frente da seleção masculina italiana entre o fim da década de 1980 e meados dos anos 1990.
Em menos de um ano no comando do time feminino, o argentino, naturalizado italiano, já liderou a equipe nas conquistas do ouro olímpico em Paris 2024 e do bicampeonato consecutivo da Liga das Nações, tornando a Itália, ao lado dos Estados Unidos, a maior campeã da história do torneio, com três títulos.
Para este Mundial, Velasco tem à disposição um elenco jovem, porém sólido, formado por dez das 13 campeãs olímpicas em Paris: Paola Egonu, De Gennaro, Alessia Orro, Anna Danesi, Myriam Sylla, Sarah Fahr, Ekaterina Antropova, Carlotta Cambi, Loveth Omoruyi e Gaia Giovannini.

Além dos títulos recentes, a Azzurra ostenta uma impressionante sequência de 34 vitórias consecutivas. Ainda assim, o torcedor brasileiro tem outro bom motivo para se apegar além do retrospecto pela competição: a última derrota italiana foi justamente para o Brasil, por 3 sets a 2, na fase classificatória da Liga das Nações de 2024.
Destaques nas estatísticas
Até este momento, a equipe de Zé Roberto detém a liderança em dois quesitos estatísticos do Mundial: a capitã Gabi é a jogadora com melhor aproveitamento nas recepções entre as atletas com 90 ou mais ações, com 50% de eficiência. Outro destaque vai para as centrais Julia Kudiess e Diana, líderes em bloqueios com 18 pontos cada.
Com 78 pontos, Gabi está em 9º lugar entre as principais pontuadoras da competição. Julia Bergmann também aparece bem nos rankings, dividindo a 10ª colocação entre as maiores pontuadoras com 73 pontos, junto de Pimpichaya, da Tailândia, e Lukasik, da Polônia. A ponteira detém a terceira melhor marca em recepção, com 38,98%.
Paola Egonu, como de costume, é o principal nome italiano nas estatísticas. A oposta é a terceira maior pontuadora com 96 pontos e também figura entre as principais bloqueadoras, com 13 pontos no fundamento.
Campanha brasileira
Fase de grupos
22 de agosto: Brasil 3 x 0 Grécia – 25/18, 25/16 e 25/16
24 de agosto: Brasil 3 x 2 França – 21/25, 20/25, 25/15, 25/17 e 15/13
26 de agosto: Brasil 3 x 0 Porto Rico – 25/19, 25/13 e 25/18
Oitavas de final
31 de agosto: Brasil 3 x 1 República Dominicana – 18/25, 25/12, 25/20 e 25/12
Quartas de final
4 de setembro: Brasil 3 x 0 França – 27/25, 33/31 e 25/19
Campanha italiana
Fase de grupos
22/08/2025 – Itália 3 x 0 Eslováquia – 25/20, 25/14, 25/17
24/08/2025 – Itália 3 x 0 Cuba – 25/9, 25/8, 25/16
26/08/2025 – Itália 3 x 1 Bélgica – 25/16, 25/16, 21/25, 25/18
Oitavas de final
30/08/2025 – Itália 3 x 0 Alemanha – 25/22, 25/18, 25/11
Quartas de final
03/09/2025 – Itália 3 x 0 Polônia – 25/17, 25/21, 25/18
