Brasil e China brigam pelo topo do quadro de medalhas no último dia do Mundial de Atletismo paralímpico

O Brasil conquistou uma medalha de prata no oitavo dia de provas em Nova Déli, com Thiago Paulino, no arremesso de peso da classe F57 (que competem sentados)

Foto: Cris Mattos/CPB
Foto: Cris Mattos/CPB

O Brasil alcançou 38 pódios no Mundial de atletismo e chega para este domingo, 5, último dia da competição que acontece em Nova Déli, na Índia, na liderança do quadro de medalhas, à frente da China. A marca foi atingida com a conquista da prata de Thiago Paulino no arremesso de peso F57 (que competem sentados), neste sábado, 4.

O Brasil compete o restante das provas neste domingo podendo conseguir o título do Mundial da modalidade pela primeira vez na história. Os brasileiros conquistaram 12 ouros, 19 pratas e sete bronzes. São três medalhas douradas a mais que a China, segunda colocada com nove ouros, 18 pratas e 14 bronzes — 41 pódios no total. A Polônia é a terceira colocada, com oito ouros e 15 medalhas ao todo.

Até o momento, a melhor campanha brasileira em Mundiais aconteceu em Kobe 2024. No Japão, a Seleção Brasileira terminou na segunda posição do quadro geral de medalhas, somente atrás da China. Foram 42 pódios no total, sendo 19 medalhas de ouro, 12 de prata e 11 de bronze. Esta foi a campanha mais dourada do país na história dos mundiais.

Já no Mundial de Paris 2023 o Brasil teve seu melhor desempenho em total de pódios na história, com 47 medalhas ao todo, sendo 14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes. Na ocasião, o país contou com sua maior delegação da história, com 54 atletas e 11 atletas-guia.

Brasileiros no sétimo dia de competições

Na final do arremesso de peso F57, o paulista Thiago Paulino teve 14,82m como melhor arremesso entre todas as tentativas e só foi superado pelo iraniano Yasin Khosravi, que fez 16,60m, cravando o novo recorde mundial da prova. Foi a melhor marca de Thiago na temporada.

É a terceira medalha de prata seguida do atleta de Orlândia (SP) nessa prova em Mundiais – foi também o segundo colocado em Paris 2023 e em Kobe 2024. É a sua sexta medalha na história da competição, sendo três ouros e três pratas.

“Esse ano foi muito difícil para mim. Eu tive uma lesão muito grave. Estou falando só agora para não parecer desculpa. Eu perdi meu pai esse ano – e dois dias depois eu consegui fazer o índice para o Mundial. Admito que foi a competição em que eu estava mais inseguro. […] Eu quero dedicar essa medalha para o meu pai, o Genésio. Eu sabia que tinha um trabalho para fazer e quis homenageá-lo com essa medalha. Estou cansado de ser prata. Já me dedico muito, mas vou fazer mais, sei que posso chegar [no ouro]. O iraniano mostrou de novo que dá para arremessar além de 16m. E, se ele pode, eu também posso. Quero voltar melhor e agradeço pela torcida”, disse Thiago Paulino.

Entretanto, a medalha está sob análise. Um dos atletas que competiu com o brasileiro entrou com um protesto junto à organização da competição. O Brasil também entrou com recurso e o resultado final deve ser oficializado somente neste domingo

Outro brasileiro que esteve envolvido em uma final nesta manhã foi o paulista Henrique Caetano. O velocista da classe T35 (paralisados cerebrais) fez o tempo de 11s75 e terminou na quarta colocação. O vencedor da disputa foi Artem Kalashian, dos Atletas Paralímpicos Neutros, que terminou a prova em 11s55.

O Brasil também teve representantes nas eliminatórias dos 100m T12 (deficiência visual) nesta manhã. A potiguar Clara Daniele, com 24s97, e a capixaba Lorraine Aguiar, com 25s69, avançaram para as semifinais da disputa com a segunda e a sétima melhores marcas.

Elas voltam a correr a partir das 9h32 (de Brasília) deste domingo, 5, em busca de uma vaga na final.

Regys Silva

Regys Silva

O surtado original. Criador do site em 2011 e louco pelas disputas da final olímpica do badminton até a final C do skiff simples do remo.Cearense e você pode me achar em Regys_Silva
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