Brasil tem 30 medalhas no total após dois dias de competição
Brasil faturou seis ouros no segundo dia do Sul-americano sub-20 de atletismo, que está sendo disputado em Lima (PER).
Nos 100 m com barreiras o ouro veio com Pietra Campbell Simões (Praia Clube-CEMIG-Exército-Futel-MG), de 19 anos, em 13.56. Beatriz Camargo Monteiro Silva (ASPM Pindamonhangaba-SP), de 16 anos, conquistou a medalha de bronze, com 10.67. Ambas correram a prova abaixo do índice fixado pela World Athletics para o Mundial sub-20, mas apenas Beatriz terá idade para a disputa (para atletas nascidos entre 2007 e 2010). A medalha de prata ficou com a chilena Catalina Arellano (13.57).
“Estou muito feliz por terminar minha categoria sub-20 desse jeito. Sempre almejei o título e é o meu primeiro, todo ano tinha alguma coisa… e no meu último ano fechar com chave de ouro, fico muito feliz. Foi uma corrida em que ainda vejo pontos a melhorar, o que é bom, mas foi acirrada e priorizei a medalha. Obrigada pela torcida de todos”, disse Pietra.
O Brasil voltou a ganhar ouro e bronze nos 110 m com barreiras, com Vinícius de Brito (APA/SECEL Jaraguá do Sul-SC), em 13.27, e Odair Gonçalves de Aguiar Junior (AD Centro Olímpico-SP), em 13.46 (índice para o Mundial). A prata ficou com o equatoriano Roger Chavez (13.36).
“Muito feliz, vim para cá com essa intenção, de garantir uma medalha e o tempo que viesse era mérito. Foi uma prova bem acirrada e estou muito grato a todas as pessoas que me apoiam. Muito feliz, esse título é nosso”, observou Vinícius de Brito, que competiu pela quarta vez em Lima, sempre campeão.
Dereck Alexandre Alves Nunes Martins (Praia Clube-CEMIG-Exército-Futel-MG), de 18 anos, comemorou muito o seu ouro no salto em altura, com 2,12 m, melhor marca pessoal e índice para o Mundial (a World Athletics fixou 2,12 m exatos como marca de corte). A partir da altura de 2,09 m Dereck ficou sozinho na prova. Ainda tentou saltar 2,15 m, mas não conseguiu.
Brasileiros ganham três ouros na etapa da manhã
Pela manhã, o Brasil faturou mais três ouros. No arremesso do peso, o Brasil alcançou mais uma dobradinha: além do ouro de Alessandro, Alberto Rodrigues dos Santos Filho (Praia Clube-Exército-CEMIG-Futel-MG) conquistou a prata, depois de ter sido campeão do lançamento do disco na sexta-feira. Alessandro, aliás, sagrou-se bicampeão sul-americano sub-20, depois de também ter sido campeão pan-americano da categoria no início do mês. Ele fez a marca de 19,61 m, confirmando o índice para o Mundial de Eugene, em 2026.
“Foi uma prova boa, consegui acertar os 19 metros, o que é muito bom. Estou tendo uma constância boa. Agora é trabalhar a mente, chegar muito forte no ano que vem, que tem Mundial”, disse o jovem de 18 anos, que dedicou a vitória para sua treinadora, Andrea Maria Pereira Britto. “A gente está junto desde o meu começo, e esse ano foi espetacular. Não ficamos de fora de nenhuma competição, independente da categoria. Essa medalha é para ela.”
Andrea é treinadora, e também tia de Alberto, a quem o atleta de 19 anos chamou de “porto seguro”. Ele conquistou a prata com a marca de 17,85 m. “Estou muito feliz com a minha temporada, feliz pela constância de lançamentos e por tudo o que vem acontecendo. Consegui melhorar no adulto e no sub-20”.
Atual campeão brasileiro sub-20, Victor Elias dos Santos, de 19 anos, conquistou seu primeiro título sul-americano da categoria nos 400 metros, com o tempo de 47.11. “Foi um ano excelente. Eu estava esperando o resultado, mas não a marca. Eu sabia que estaria entre os três, estava treinando muito bem para isso”, disse o velocista, que agradeceu sua treinadora, Aline da Silva. “Ela me ajudou muito nesse treinamento intenso. Agora vamos para os 400 metros com barreiras”.
Na final do salto em distância, o ouro de Renan Firakawa Akamine, de 19 anos, veio com recorde pessoal. Ele, que tinha a marca de 7,50 m, venceu com 7,61 m (1.4) . No Sul-Americano sub-20 de 2024, também disputado em Lima, o saltador havia conquistado a medalha de prata. “Eu vim muito preparado para esse Sul-Americano, eu sabia que poderia fazer minha melhor marca. Entrei bem, confiante, sabendo o que eu poderia fazer. Saiu o resultado. Agora sou campeão sul-americano!”. Renan é treinado por Alexandre Moratto, no Centro Olímpico, em São Paulo.











