Seleção feminina começou bem a final da Liga das Nações, mas não manteve o ritmo e foi superada por 3 sets a 1 pela favorita Itália, campeã olímpica e agora tricampeã da VNL
O título inédito da Liga das Nações segue como um sonho para a seleção brasileira de vôlei feminino. Na grande final da edição 2025, disputada neste sábado (27) em Lódz, na Polônia, o Brasil chegou a empolgar no primeiro set, mas acabou dominado pela favorita Itália, que venceu por 3 sets a 1 e conquistou o tricampeonato da competição (parciais de 22/25, 25/18, 25/22 e 25/22).
A trajetória até a decisão dava esperança: a equipe comandada por José Roberto Guimarães vinha de uma campanha sólida, com apenas uma derrota, justamente para a própria Itália, na fase classificatória, e havia superado Alemanha e Japão no mata-mata com atuações seguras. Mas, na hora de buscar a virada na história do torneio, o Brasil não conseguiu manter o padrão que o levou até a final.
No primeiro set, a seleção brasileira mostrou personalidade diante do poderio italiano. Defendeu bem, aproveitou erros adversários e, mesmo após estar em desvantagem, engatou uma reação impressionante de sete pontos seguidos para virar e fechar a parcial. Parecia o início de uma partida equilibrada, mas o que se viu a partir dali foi outra história.
A Itália, atual campeã olímpica e invicta há 29 jogos, assumiu o controle do confronto a partir do segundo set. Com volume de jogo, consistência nos bloqueios e talento individual – mesmo com a lesão de Degradi no segundo set -, a equipe treinada por Julio Velasco dominou as ações. O Brasil, por outro lado, sofreu com erros não forçados, falhas no ataque e dificuldade de variação ofensiva.
Mudanças no elenco, como as entradas de Kisy e Helena, trouxeram algum fôlego, especialmente no quarto set, mas não foram suficientes para reverter o panorama. A Itália soube administrar as vantagens que construiu e, com a entrada decisiva de Antropova no lugar de Egonu, deu o golpe final em mais um duelo de alto nível entre as seleções.
A derrota marca o quarto vice-campeonato brasileiro na VNL (2019, 2021, 2022 e agora 2025), enquanto a Itália celebra seu segundo título e se iguala aos Estados Unidos como maior vencedora da história da competição, com três taças.
Apesar do desempenho abaixo do esperado na final, a campanha brasileira indica caminhos promissores para a sequência da temporada, mas também reforça a necessidade de manter a constância em alto nível, especialmente contra rivais diretas como as italianas, que seguem como uma das potências mais completas do vôlei mundial.
