Luis Carlos Cardoso e Geovane Vieira também subiram ao pódio; No mundial de canoagem velocidade, o Brasil chegou a mais uma final
O sábado (23) foi de grandes conquistas para o Brasil no mundial de paracanoagem em Milão, com uma medalha de ouro, duas de prata e uma de bronze, mostrando que é uma das potências do esporte paralímpico.
No VL2 200m, o Brasil dominou a prova e conquistou uma dobradinha com os “Cowboys”. Fernando Rufino brilhou e levou o ouro com o tempo de 51.80s, seguido de perto por Igor Tofalini, que cruzou a linha de chegada em 51.84s para garantir a prata. “Satisfação imensa mais uma vez estar me consagrando campeão mundial pela quarta vez em uma prova mais pegada que a das Olimpíadas de Paris. Estava preocupado com a prova, mas graças a Deus recuperamos, o Igor encostou do meu lado e terminar ao lado dele é muito maravilhoso. É minha sexta medalha em mundial. Obrigado a todos e seguimos no foco rumo a Los Angeles 2028”, comemorou Rufino que chega agora ao seu quarto título mundial na carreira.
Igor também celebrou sua conquista e a dobradinha brasileira. “Graças a Deus consegui fazer uma excelente prova e conquistar mais essa medalha para o Brasil. É fruto de muito esforço, treino e dedicação. Feliz demais de dividir esse pódio com o Rufino e mostrar a força da nossa paracanoagem”, destacou.
No KL1 200m, Luis Carlos Cardoso fez uma grande apresentação e conquistou a medalha de prata com o tempo de 46.93s, ficando a menos de um segundo do húngaro Peter Kiss, campeão da prova com 45.96s. “Muito feliz por conquistar mais uma medalha. Óbvio que vim em busca da minha oitava medalha de ouro em mundiais, mas infelizmente não deu. Dei meu máximo pela prata para conseguir voltar para o nosso país com um bom resultado, principalmente aqui onde, 10 anos atrás, conquistei duas medalhas de ouro. E graças a Deus, neste tempo, vim conquistando outras medalhas para o nosso país em todos os mundiais”, afirmou Luis. Ele ainda fez uma dedicatória especial. “Dedico ao meu técnico, que está comigo há 14 anos, e para a minha família. Agora estou de férias e voltarei para casa.”
O Brasil voltou ao pódio no VL3 200m com Giovane Vieira de Paula, o Pantera. Em uma final emocionante, na qual os quatro primeiros colocados terminaram na casa dos 47 segundos, o brasileiro garantiu a medalha de bronze com o tempo de 47.50s. “Muito feliz com essa medalha de bronze e por brigar entre os melhores do mundo novamente. Só tenho a agradecer à canoagem nacional, à minha família e à minha namorada Dani”, destacou Giovane.
As mulheres também representaram o Brasil em duas finais. No KL1 200m, Adriana Gomes de Azevedo terminou na sétima posição, com o tempo de 1:01.93s. Já no KL2 200m, Leonice Friedrich finalizou a disputa em quinto lugar, com o tempo de 53.49s.
Classificação à final do KL2 e KL3
O sábado também foi marcado pelas semifinais da Paracanoagem. No KL2 200m, Flavio Reitz garantiu vaga na decisão com o terceiro melhor tempo de sua bateria, marcando 45.03s. Ainda na mesma semifinal, Uilian Ferreira Mendes e Luciano Pereira Lima terminaram em quinto e sexto lugares em suas respectivas disputas e não avançaram para a final A. Eles disputarão a final B.
Já no KL3 200m, os brasileiros Miqueias Rodrigues e Gabriel Paixão Porto dominaram as suas semifinais com os melhores tempos, garantindo classificação para a final de forma sólida.
Brasileiros garantem vaga na final da Canoagem Velocidade
Na Canoagem Velocidade, o Brasil também teve bons motivos para comemorar. Gabriel Assunção e Jacky Godmann venceram a semifinal do C2 500m com autoridade, registrando o tempo de 1m40s76s e assegurando vaga na grande decisão de domingo. “Depois de uma eliminatória que não fomos tão bem, controlamos bem hoje nas semis e fizemos uma boa prova. Vamos com tudo na final para, se Deus quiser, conseguir uma medalha”, afirmou Jacky. Gabriel completou. “Fizemos uma boa prova, graças a Deus, e estamos na final A. Estou muito feliz.”
Já no C1 200m feminino, Valdenice Conceição lutou até o fim e terminou em quarto lugar, com 48.37s, a apenas 0.16s da vaga para a final A. “Fiz uma boa prova, mas acabei perdendo o foco na reta final com a adversária ao lado e isso custou caro. Agora é tentar melhorar para a final B e, no próximo ano, corrigir os detalhes para representar ainda melhor o Brasil”, avaliou a atleta.
