A medalha foi a última do Brasil em Jogos Olímpicos
Há 25 anos, o basquete feminino subia ao pódio da Olimpíada de Sydney 2000 com um bronze histórico e fundamental, conquistado por um grupo de jovens que do outro lado do mundo mostravam sua força. Naquele 30 de setembro de 2000, a Seleção feminina comandada por Antônio Carlos Barbosa venceu a Coreia do Sul por 84 a 73 para confirmar a força de um time que teve referências que estavam em quadra na prata de Atlanta 1996 e também novatas que chegaram para ficar por muitos anos na Seleção.
O caminho até a medalha não teve moleza. O Brasil teve apenas duas vitórias na primeira fase, batendo a Eslováquia por 76 x 60 e Senegal por. Naquele momento, perdeu três partidas, para França, Austrália e Canadá, por 70 x 81, 70 x 73 e 60 x 61. Nas quartas de final, a Rússia, uma potência, foi a rival. E o Brasil, após uma reunião entre as jogadoras para \”lavar a roupa suja\”, venceu por 68 a 67. Nas semifinais, derrota para a Austrália por 64 a 52.
– Depois de tantos anos, ainda consigo me lembrar da festa que fizemos para comemorar dentro da vila olímpica. São memórias como essas que ficam e são eternas. Estávamos muito felizes e foi a minha segunda medalha olímpica. Desejo para as meninas que vão disputar os Jogos Olímpicos do Rio que elas vivam eternamente este momento – disse Janeth.
O time tinha Adrianinha, Claudinha, Lilian, Kelly e Iziane estreando em Olimpíadas. E mais Alessandra, Marta, Cintia, Silvinha Luz, Janeth, Adriana Santos e Helen Luz, remanescentes de 1996. O técnico Antônio Carlos Barbosa lembra da conquista.
– A CBB juntamente com o COB, realizaram um planejamento em que jogamos de 1999 e 2000 em torno de 50 amistosos internacionais. Sul-Americano em Vitória, Pré-Olímpico em Havana, amistosos com a Eslováquia, campeã europeia, excursão na Austrália, Torneio Internacional em San Diego e São Francisco, com a participação de Polônia, EUA e Austrália, além do Torneio Cidade do Rio de Janeiro, com Cuba, Argentina e EUA, e o Torneio 500 anos, em Natal, com França, Cuba e Polônia. Ainda tivemos o Torneio em Varsóvia, com França, Polônia e Austrália e a adaptação no Havaí com dois jogos amistosos contra EUA e ainda um amistoso contra a Austrália – se recorda Barbosa.
Janeth, autora de 164 pontos na campanha, uma média de 20,5 por partida, foi a cestinha do Brasil.
– Éramos uma geração que estava sendo renovada e muito unida. Fazíamos muitas brincadeiras com as novatas, que buscavam o lanche da noite. Ficávamos em dois apartamentos com seis atletas em cada, mas sempre nos reuníamos para conversar sobre a importância de estar lá e até onde desejávamos chegar. Aquela medalha representou muito para o nosso basquete -, diz a ex-atleta.











