Paranaense de 35 anos tem 12 vitórias no total e busca vaga em Tóquio – ao mesmo tempo, dedica-se às provas de rua
Tatiane Raquel da Silva (Pinheiros-SP) alcançou nesta sexta-feira (1/8) a expressiva marca de 12 títulos do Troféu Brasil nos 3.000 metros com obstáculos – são 11 vitórias consecutivas, de 2015 a 2025. A paranaense de 35 anos foi um dos destaques do segundo dia do 44º Troféu Brasil Interclubes de Atletismo, que será disputado até domingo (3/8), no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro (CTPB), em São Paulo.
Tati venceu a distância com o tempo de 9:58.62. A segunda colocada foi Simone Ponte Ferraz (APA/SECEL Jaraguá do Sul), com 10:37.63, seguida por Mirelle Leite da Silva, também do Pinheiros, com 10:49.07.
“É difícil quando não tem muita disputa, e o corpo, querendo ou não, não fica naquela adrenalina, por mais que você queira fazer uma marca melhor. Mas eu estou muito satisfeita de manter essa hegemonia de tanto tempo, em uma prova que é tão difícil, e com 35 anos. Mas estou tentando me superar, e eu quero mais, estou na briga para ir ao Mundial de Tóquio”, disse a fundista, sobre a principal competição da temporada, que será realizada em setembro – Tatiane está bem posicionada no ranking Road to Tokyo, da World Athletics.
Os 3.000 m com obstáculos para mulheres é uma das provas mais recentes do programa olímpico. Foi disputado pela primeira vez apenas nos Jogos de Pequim, em 2008. Em Mundiais, a estreia foi em Helsinque-2005 – ou seja, neste ano, completará apenas 20 anos de disputas. Tatiane é recordista brasileira e sul-americana da prova desde 2022, com o resultado de 9:24.38.Além das provas de pista, Tatiane também tem se dedicado às corridas de rua. Em 2024, subiu ao pódio da tradicional Corrida Internacional de São Silvestre (foi 5ª colocada, a segunda melhor brasileira da prova) e ocupa, atualmente, a 3ª posição no ranking brasileiro dos 10 km e da meia-maratona. Em agosto, defenderá a seleção brasileira no Campeonato Sul-Americano de Corrida de Rua, na distância de 5 km. “Eu gostei muito da pegada da corrida de rua, porque eu gosto de me desafiar, e eu acho que está me agregando muito. Eu ainda quero fazer mais no obstáculo, quero ir até a Olimpíada de Los Angeles, em 2028, mas também é um sonho meu tentar migrar para a maratona.”
Tiago Lemes da Silva (Praia Clube-Exército-CEMIG-Futel-MG) venceu os 400 metros rasos com a melhor marca pessoal, 45.12 – seu recorde anterior, 45.64, era de 28 de junho. Matheus Lima (Pinheiros-SP), qualificado para a prova no Mundial de Tóquio, conquistou a medalha de prata, com 45.22, e Lucas Vilar (Sesi-SP) garantiu o bronze, com 45.38. Os três medalhistas participaram do Mundial de Revezamentos de Guangzhou, na China, em abril, e junto com Elias Oliveira, conquistaram a classificação do 4×400 m para o Mundial.
Finalista olímpica do salto em altura, após ter igualado o recorde brasileiro mais longevo do atletismo brasileiro (1,92 m), Valdileia Martins (Orcampi-SP) levou o ouro com a marca de 1,86 m. No pódio, teve a companhia de Roberta Almeida dos Santos (Pinheiros-SP), com 1,83 m, e Maria Eduarda de Oliveira (Barra Bonita-SP), com 1,80 m.No salto em distância, Eliane Martins (Pinheiros-SP), de 39 anos, alcançou a incrível marca de 13 medalhas – nesta sexta-feira, conquistou a 10ª vitória na prova, com 6,65 m (1.6). Lissandra Maysa Campos (Instituto Vicente Lenílson-MT) conquistou a prata, com 6,46 m (1.4), e Gabriella Peres Pinto (Instituto Foz-PR) foi bronze, com 6,41 m (2.1).
