Com poucos momentos na frente do placar, Alemanha deixa emoção para o final
A final do Eurobasket era aguardada como o jogo mais emocionante, e assim foi.
Turquia e Alemanha chegaram até a final com todos os méritos possíveis, ambas tinham todos os ingredientes de times finalistas e canditados a título, jogo coletivo, defesas com muita raça, distribuição ofensiva inteligente e craques que crescem nos momentos decisivos.
De um lado, a Turquia, que no começo foi vista como zebra, mas que no decorrer da competição foi mostrando força e coletivo técnico muito coeso. Lideradas por Alperen Şengün, pivô jovem de 23 anos que não se omitiu e teve muito destaque em absolutamente todas as partidas de sua seleção.
Do outro, a campeã mundial, Alemanha. Essa que não tinha um rosto exato que tenha brilhado em todas as partidas, mas que tinha muitos outros que poderiam aparecer a qualquer momento. Seja Dennis Schröder, seja Franz Wagner, ou até mesmo Tristan da Silva e Isaac Bonga. A Alemanha se destacou por ter um elenco competitivo e principalmente com uma rotação que dava opções para fugir de marcações individuais.

O jogo
A Turquia, com sua proposta de jogo muito sólida, veio para atacar o garrafão da Alemanha e gerar espaços para arremessos de três. Já na defesa, a estratégia era clara, pressionar o armador Dennis Schröder, que é a grande mente pensante do time alemão, e é quem ditou o ritmo da equipe.
A Alemanha, com toda sua qualidade e confiança, não dependeu apenas de Schröder, distribuindo os pontos para Franz Wagner, Isaac Bonga e Tristan da Silva. Mas quando a Turquia deu brecha, a Alemanha pôde voltar a contar com sua mente pensante e viu em Schröder a chance de tomar a frente do placar. Com 16 pontos e 12 assistências, Dennis mostrou o motivo de ser eleito o MVP da competição. Um verdadeiro repertório de distribuição de jogo e de pontuação na hora decisiva (dos 16 pontos, 6 foram os últimos da partida, que sacramentaram o resultado).
A Turquia entrou em quadra sabendo que não era a favorita, mas sabendo que tinha condições de se tornar campeã inédita. No começo do jogo, Alperen Şengün era o alvo lógico da defesa alemã, que por vezes deixava a zona tripla livre para marcar o craque turco. Essa estratégia da Turquia funcionou, e quando a Alemanha voltou a dar espaço, Şengün veio com incríveis 28 pontos. Mesmo assim, a Turquia permitiu que muitas bolas de 3 da Alemanha fossem convertidas (54% com 26 bolas tentadas e 14 convertidas). Castigando o time que ficou 24 minutos liderando o placar.

No fim, a Alemanha confirmou o favoritismo e levou a partida por 88×83, reforçando seu recado para o mundo, campeões do Mundial FIBA e campeões do Eurobasket que vieram para marcar geração.
Já a Turquia, vê em jovens como Şengün e Adam Bona a possibilidade de formarem um bom elenco pro futuro, com uma medalha de prata que soa não como uma derrota, mas como um marco para uma nova geração e um prêmio por quebrar todas as expectativas de quem achava que não iriam longe.
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