Desafio Brasil de atletismo registra marcas líderes no mundo e mais dois índices para o Mundial da Índia

Competição aconteceu em São Paulo

Foto: Alê Cabral/CPB
Foto: Alê Cabral/CPB

O Desafio Brasil de atletismo, que ocorreu neste domingo, 13, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, registrou a quebra de mais dois índices para o Mundial da modalidade na Índia, de 26 de setembro a 5 de outubro. A competição, realizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em parceria com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) reuniu 120 atletas paralímpicos e outros 219 olímpicos em provas de pista e campo.

Na próxima sexta-feira, 18, acontece mais uma etapa, que encerra o período para obtenção do Índice A — um dos critérios para participação no evento esportivo em Nova Déli. Mesmo com a obtenção da marca, os atletas precisam aguardar a convocação oficial do CPB no próximo mês para ter a presença confirmada na competição, que será realizada na capital da Índia.

Nos 100m da classe T12 (deficiência visual), a potiguar Clara Daniele cravou o tempo de 11s81 na final da disputa e superou o índice de 12s05. A marca é a melhor do mundo na prova em 2025 e iguala a maior do ano passado, feita pela cubana Omara Durand na final da disputa nos Jogos de Paris.

A atleta, que competiu pelo clube APARN, também esteve nas disputas na capital francesa de 2024, quando não avançou das eliminatórias com o tempo de 12s66 na mesma prova. Porém, se tiver confirmada a vaga para Nova Déli, será a sua primeira participação em Mundiais.

“Estou muito feliz, treinei muito. Estava lesionada, achei que não estaria apta a competir nessas etapas do Desafio. Já estávamos conseguindo atingir esse tempo nos treinos. Antes de vir, já estava pensando nessa vaga no Mundial”, afirmou a atleta, que teve diagnosticado um glaucoma congênito no olho direito e está no atletismo desde 2019.

O maranhense Bartolomeu Chaves, da classe T37 (paralisados cerebrais), obteve o segundo índice do dia ao correr os 400m em 50s16 e superar a marca pré-estabelecida de 50s39.

“Eu tinha parado um pouco de treinar por causa de uma dor de virilha. Então, estava me poupando um pouco nas últimas provas. Mas, hoje saiu naturalmente. Não estava esperando esse tempo abaixo do índice neste momento”, disse o velocista do clube Naurú e medalhista de prata nos 400m nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 e campeão mundial na mesma prova em Kobe 2024.

A competição reuniu ainda marcas expressivas da potiguar Maria Clara Augusto, da classe T47 (deficiência nos membros superiores). Tanto nos 100m, com 12s38 , quanto nos 400m, com 56s96, ela registrou o melhor tempo do mundo em 2025.

“Fiquei muito feliz com essa evolução nas marcas. Nos 400m, fiquei a quatro centésimos do índice [56s91], além de ser um tempo que vai me fazer subir no ranking. Então, fiquei muito emocionada ao término da prova por ter conseguido esses feitos aqui hoje”, avaliou Maria Clara, que representou a APARN.

Medalhistas paralímpicos também estiveram envolvidos nas disputas do dia. O mineiro Claudiney Batista, do club CAD e da classe F56 (que competem sentados), atingiu 11,42m no arremesso de peso, prova em que voltou a competir após a sua disputa principal, o lançamento de disco, ter sido excluída do programa dos Jogos de Los Angeles 2028. A paulista Beth Gomes, da ASPA, fez 7,65m na mesma disputa pela classe F53.

Já a baiana Raissa Rocha (F56), pelo clube IEMA, lançou o dardo a 23,47m, distância pouco menor dos 24,09m que a própria atleta tem como melhor marca do mundo no ano, e o paulista Thiago Paulino, da ADC Intelli, alcançou 45,93m no lançamento de disco F57, também abaixo da maior metragem mundial da temporada – 46,30m feitos pelo finlandês Teijo Koopikka.

Medalhistas de ouro em Mundiais também competiram – a potiguar Thalita Simplício correu os 400m T11 (deficiência visual) em 59s27, tempo maior dos 57s45 que lhe renderam o tricampeonato mundial da prova em Kobe 2024.

Regys Silva

Regys Silva

O surtado original. Criador do site em 2011 e louco pelas disputas da final olímpica do badminton até a final C do skiff simples do remo.Cearense e você pode me achar em Regys_Silva
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