Gui Khury bate mais uma vez recorde mundial no VERT e é campeão do Pro Tour STU São Paulo

Neste ano, em Porto Alegre, ele já havia igualado a lenda Bob Burnquist. Agora, no Novo Anhangabaú, beirou a perfeição com a nota 99,00

Foto: Julio Detefon
Foto: Julio Detefon

A pista de VERT montada no Vale do Anhangabaú para o Pro Tour STU São Paulo é assinada pelo dono Sandro Dias, o Mineirinho, mas bem poderia ser patenteada para Gui Khury. O céu parece ser o limite para esse fenômeno do skate. Neste domingo (09/11), ele se sagrou campeão com a maior nota da história na modalidade, um absurdo 99,00, superando sua própria marca (98,00), alcançada na etapa de Porto Alegre neste ano.

Aliás, com o voo alto na capital gaúcha ele havia igualado o feito da lenda Bob Burnquist em uma edição dos X Games. Para se ter uma ideia do nível visto na final de hoje no Novo Anhangabaú, um dos mais tradicionais picos do skate no Brasil, o vice Luigi Cini fez os mesmos 98,00 pontos, ficando bem perto do título na última de suas quatro voltas. O terceiro lugar ficou com um especialista do VERT há alguns anos, Rony Gomes, também no “9 Gang”, com um 92,00.

O curioso é que o campeão Gui Khury parecia estar aquecendo as turbinas do seu skate. No primeiro drope, já arrancou dos juízes a nota 94,33. No segundo, já saltou para 97,30. Até se superar e levar a galera que lotou a arquibancada à loucura, com manobras intensas e insanas que ele mesmo fez questão de relatar no fim, chegando aos 99,00 pontos e batendo seu próprio recorde mundial no Vertical. Será capaz de um dia atingir a nota máxima?

“Pior que hoje foi bem difícil, tive que me superar bastante. Na primeira, já fiz um 94. Na segunda, tirei um 97 adicionando mais uma outra manobra. Na terceira, acrescentei um ‘Flip Melon de front’ e um ‘Flip Indy 36’. Uma delas é uma manobra muito difícil e a outra é mais flow. Mas, no fundo, as duas me ajudaram muito a tirar essa nota altíssima. Nem preciso dizer que estou feliz da vida, né?!”, vibrou Gui Khury, que completa 17 anos no mês que vem.

Já o também curitibano Luigi Cini, afirmou que, com a nota à beira da perfeição do amigo e conterrâneo Gui Khury, precisava tirar uma manobra da cartola. Até ali, sua maior nota era um 92,50, que já o colocava em segundo lugar. Na última vez que foi para a pista, dava para sentir uma certa tensão no ar. A família skate presente e reunida, por conhecer do que Luigi é capaz, já esperava mesmo uma outra volta de alto nível. E ela aconteceu. Trabalho pesado para os juízes.

“Acho que, até agora, só eu e um japonês fizemos essa. É quando o skate gira um 900, mas é uma manobra que envolve muito o flip, então eu giro um 540 com o corpo e o skate gira um 900 de rotação lateral. Então, é uma técnica, um ‘kick stale 540’, uma forma mais simples de explicar. Estou bem feliz de ter conseguido encaixar ela na linha, nunca tinha feito antes. E atingi um 98,00, meu recorde no half. Feliz também pelo Gui, que quebrou tudo e mandou um 99,00”, disse Luigi.

RESULTADO FINAL – SKATE VERTICAL
1º – Gui Khury (BRA) – 99,00
2º – Luigi Cini (BRA) – 98,00
3º – Rony Gomes (BRA) – 92,00
4º – Thomas Augusto (POR) – 90,00
5º – Hampus Winberg (SUE) – 88,20
6º – Luke Kahler (USA) – 87,10
7º – Viktor Solmund (DIN) – 85,90
8º – Pedro Barros (BRA) – 75,00

Redação Surto Olímpico

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Desde 2011, vivendo os esportes olímpicos e paralímpicos com intensidade o ano inteiro. Estamos por trás de cada matéria, cobertura e bastidor que conecta atletas e torcedores com informação acessível, atualizada e verdadeira.
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