Velocista se tornou a maior medalhista do país em mundiais de atletismo e foi top-5 no mundial de ciclismo de pista, no Rio
A velocista Jerusa Geber inicia o ciclo paralímpico em direção aos Jogos de Los-Angeles 2028 no auge da carreira atlética e em busca por novos desafios. A acreana se tornou a maior medalhista da história do Brasil em mundiais de atletismo paralímpico após ser bicampeã na edição de 2025 em Nova Déli, na Índia, nos 100 e 200 metros da classe T11 (para atletas com deficiência visual grave).
Jerusa já soma 11 ouros entre mundias, paralimpíadas e parapans. A brasileira acumula 7 ouros e 13 medalhas conquistadas. Em paralimpíadas, são 2 ouros e 6 pódios em quatro participações. Em edições de Parapan, Geber já conquistou 3 ouros e nove medalhas.
O ciclo de LA-28 de Jerusa será impulsionado pelo paraciclismo de pista, esporte em que Jerusa estreou em 2025. Geber competiu no Mundial da modalidade, realizado no Velódromo do Rio de Janeiro, nos últimos dias 16 a 19 de outubro, nas provas de Sprint individual e por equipes e no contrarrelógio de 1 km. A brasileira obteve quinto, sétimo e oitava colocação, respectivamente.
Ao todo, o Brasil conquistou nove medalhas: um ouro, duas pratas e bronze para Sabrina Custódia, quatro pratas para Victoria Barbosa e prata para Lauro Chaman. Além de recorde mundial de Sabrina, o primeiro de uma atleta brasileira no paraciclismo.
A multiatleta exaltou felicidade e leveza durante a disputa do Mundial, “olha, eu tô muito feliz em estar aqui participando do meu primeiro campeonato mundial de paraciclismo. Eu acabei de sair de um mundial de atletismo, cheguei aqui muito bem, e gostei muito do resultado que eu fiz hoje (quando foi quinta no sprint por equipes). Eu quero mais e quero melhorar! O que eu puder melhorar (sobre) o que eu fiz nos treinos vou ficar muito feliz.”
Geber competiu junto a piloto Carolina Barbosa em provas da classe B, categoria voltada a atletas com deficiência visual. O principal diferencial é o uso de bicicletas Tandem, em que o/a piloto com visão total guia e pedala junto o/a atleta que vai no banco de trás.
No Rio, Jerusa obteve a melhor colocação do país entre os atletas cegos ao fechar a prova de sprint por equipes mista no quinto lugar. Na outra bicicleta esteve Bruno Bonfim dos Anjos e o piloto Endrigo da Rosa. Em disputa sem a presença de Geber e Barbosa, Marcia Ribeiro e a piloto Maria Tereza concluíram a prova de perseguição feminina no quinto lugar, compartilhando a melhor marca do país entre a categoria.
Perguntada sobre os Jogos de LA-28 e o planejamento para disputar duas modalidades diferentes na paralímpiada estadunidense, Jerusa disse, “eu pretendo continuar nos dois enquanto o meu corpo estiver aguentando, estiver respondendo bem, né? Eu estou chegando bem nas competições, não chego lesionada, não chego com dor, então enquanto eu estiver aguentando eu vou ficar nos dois.”
“Quando se acredita em Deus, para mim nada é impossível. Eu não sei se eu conseguiria participar das duas competições, das duas modalidades e uma paralimpíada, porque as provas podem bater. Sim. Mas aonde eu estiver melhor é para onde eu vou”, finalizou Jerusa.












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