Neste domingo (19), todos os brasileiros classificados ao bloco final de disputas saíram com medalha, assim como nos dois dias anteriores
A Seleção Brasileira de Judô teve, mais uma vez, um dia movimentado no Grand Prix de Guadalajara. Neste domingo (19), Marcelo Fronckowiak (-90kg) e Beatriz Freitas (-78kg) levaram a prata, enquanto Guilherme Schimidt (-90kg), Leonardo Gonçalves (-100kg), Giovanna Santos (+78kg) e Rafael Buzacarini (+100kg) ganharam suas disputas de bronze.
Esse resultado fechou a campanha de 13 medalhas conquistadas pelo Brasil na competição, além do 100% de aproveitamento no bloco final de disputas. Todos os atletas do país que chegaram à etapa saíram direto para o pódio.
Confira o caminho dos brasileiros até as medalhas:
A primeira medalha brasileira neste último dia de competição veio com Guilherme Schimidt (-90kg), que pela primeira vez subiu a um pódio internacional em nova categoria de peso. Ele estreou na última semana, no Grand Prix de Lima, onde foi eliminado nas oitavas, e agora em Guadalajara o pódio saiu.
Ele primeiro venceu o mexicano Diego Diaz com um waza-ari seguido para transição para chave-de-braço. Depois, nas oitavas, conseguiu um yuko e uma nova chave-de-braço no romeno Vlad Visan e, nas quartas, venceu o azeri Murad Fatiyev, adversário que perdeu em Lima, com um estrangulamento.
Já na semifinal, Schimidt enfrentou o italiano Christian Parlati, e caiu em ippon em um lance onde estava tentando a levar a luta para o chão, sua característica forte. Mas, na disputa pela medalha de bronze, ele voltou a vencer e fez isso contra o belga Noah Christiaens, com um waza-ari seguido de imobilização.
Ainda na mesma categoria, o Brasil chegou à grande final com Marcelo Fronckowiak (-90kg), que nas lutas preliminares deu um show de judô e venceu todos os seus adversários por ippon. Primeiro, passou pelo sérvio Vojin Mandic; depois, pelo espanhol Daniel Nieto Trinidad; e, por fim, pelo tcheco Adam Kopecky.
Na final, o brasileiro enfrentou Parlati, que veio de vitória em Schimidt na semifinal. Marcelo primeiro levou uma punição por falso ataque, mas o placar foi logo igualado pela falta de combatividade do italiano. Mas, em duas situações onde Marcelo tentou a projeção, Pireli conseguiu a revertida para marcar dois yuko, o suficiente para lhe dar a vitória.
Essa foi a terceira medalha de Marcelo no Circuito Mundial IJF deste ano. Antes, ele foi prata no Grand Slam de Baku, no Azerbaijão, e bronze no Grand Prix de Linz, na Áustria.
No feminino, a primeira medalha brasileira do dia veio com Beatriz Freitas (-78kg), que chegou à final do peso meio-pesado e ficou com a prata em sua primeira decisão do Circuito Mundial IJF.
Ela estreou nas quartas-de-final e cruzou, logo de cara, com Karol Gimenes, a outra brasileira da categoria, e venceu com um yuko.
Na semifinal, Bia passou pela eslovena Metka Lobnik, atual sétima do ranking, com um lindo ippon, e classificou-se à final, onde enfrentou a japonesa Kurena Ikeda, bronze no Mundial deste ano, e bateu em uma chave-de-braço.
Essa foi a segunda medalha dela no Circuito Mundial IJF, a primeira de prata. Em maio deste ano, ela estreou no pódio com um bronze no Grand Slam de Astana, além de ter sido sétima colocada no Mundial Sênior, em junho.
Já Karol, depois do revés contra Bia, lutou a repescagem e foi superada pela francesa Kaila Issoufi, sua mesma algoz na disputa de bronze do Grand Prix de Lima, na última segunda-feira (13).
O judô brasileiro levou mais um bronze em Guadalajara com Leonardo Gonçalves (-100kg), que foi vice-campeão do Grand Prix de Lima na última segunda-feira (13).
No México, ele estreou contra o estadunidense Daniel Liubimovski e venceu com um yuko no golden score. Já nas quartas, também no golden score, levou uma revertida do italiano Enrico Bergamelli, assinalada yuko pela arbitragem. Mas, na repescagem, ele voltou a vencer e não teve dificuldades contra o chileno Tomás Briceno, projetando-o em um waza-ari e, depois, em ippon.
Na disputa pela medalha de bronze, Léo precisou entrar no tatame somente para receber a vitória, já que o canadense Kyle Reyes, que seria seu adversário, acabou se machucando na luta anterior e ficou impossibilitado de se apresentar para o combate. Sendo assim, vitória e bronze para o brasileiro, que atualmente é o número quatro do ranking mundial.
Fechando a campanha brasileira em Guadalajara, os pesos pesados Giovanna Santos (+78kg) e Rafael Buzacarini (+100kg) faturaram mais duas medalhas de bronze.
Primeiro, Giovanna levou a melhor nas punições contra a estadunidense Gusmary Garcia Savigne (3-1), depois de vitória contra a italiana Erica Simonetti, também nas punições, e revés contra a israelense Raz Hershko, atual vice-campeã olímpica.
Já Buzacarini venceu Alex Semenenko, outro estadunidense, também nas punições (3-2) para ficar com a medalha de bronze. Antes de chegar à disputa, ele passou pelo dominicano José Nova Alcantara por ippon, nas oitavas, e nas quartas caiu para o theco Lukas Krpalek nas punições (3-2). Na repescagem, ele voltou a venceu e eliminou o esloveno Vito Dragic com um waza-ari.
Com as seis medalhas neste domingo (19), o Brasil terminou o Grand Prix de Guadalajara com um total de 13 medalhas, sendo um ouro, três pratas, nove bronzes e um sétimo lugar. A campanha colocou o país em terceiro lugar no quadro geral, atrás do Azerbaijão, que teve seis ouros e três bronzes, e do Japão, que levou duas medalhas de ouro.
Neste mês de outubro, na sequência de competições na Pan-América, o judô brasileiro conquistou 30 medalhas. Anteriormente, no Campeonato Mundial Júnior, foram seis (2 ouros, 1 prata, 3 bronzes)e , no Grand Prix de Lima, mais 11 (4 ouros, 4 pratas, 3 bronzes).











