Russa foi desclassificada dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, em Pequim, por doping
A patinadora artística russa Kamila Valieva perdeu seu último recurso em um caso de doping que abalou os Jogos Olímpicos de Pequim 2022, onde ela se destacava como uma das grandes promessas.
Os juízes do Tribunal Federal Suíço rejeitaram o recurso de Valieva para anular a suspensão de quatro anos imposta pelo Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) em janeiro do ano passado.
Valieva foi condenada pelo Supremo Tribunal a pagar 7.000 francos suíços (US$ 8.700) em custas processuais e 8.000 francos suíços (US$ 10.000) à Agência Mundial Antidoping (WADA) e à União Internacional de Patinação (ISU).
No CAS do ano passado, Valieva também foi desclassificada das provas em Pequim, o que fez com que as russas perdessem apenas o ouro e o bronze na competição por equipes, elevando os Estados Unidos ao título olímpico. Essas medalhas foram finalmente entregues nos Jogos Olímpicos de Paris.
Três juízes do CAS também rejeitaram o argumento dos advogados de Valieva de que seu teste positivo para um medicamento cardíaco proibido — detectado durante as Olimpíadas em uma amostra coletada seis semanas antes, no campeonato russo — foi causado por contaminação de uma sobremesa de morango feita por seu avô.
No Supremo Tribunal Suíço, os advogados de Valieva apresentaram um artigo da Associated Press de setembro de 2024 para alegar que a WADA cometeu “fraude processual” para suprimir provas.
Cinco juízes federais suíços declararam em seu veredicto, publicado na quinta-feira, que os novos argumentos da equipe de Valieva eram conjecturas e altamente questionáveis, enquanto o relatório do cientista não constituía prova conclusiva.
Agora com 19 anos, Valieva foi autorizada a retomar os treinos na semana passada, antes do término de sua suspensão em dezembro. Ela não poderá se classificar para competir em Milão, em fevereiro, nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2026.











