Luiz Maurício bate recorde sul-americano pela terceira vez no ano e assume vice-liderança do ranking mundial do lançamento do dardo

Atleta de 25 anos entrou para o seleto clube dos 90 metros, neste domingo (3/8), no último dia do Troféu Brasil: com o resultado de 91 metros, entrou para o top 20 da história da prova

Foto: Gustavo Alves/CBAt
Foto: Gustavo Alves/CBAt

Luiz Maurício da Silva (Praia Clube-Exército-CEMIG-Futel-MG) entrou para o seleto clube dos 90 metros no lançamento do dardo e fez a segunda melhor marca do mundo em 2025 (91,00 m) neste domingo (3/8), último dia do 44º Troféu Brasil Interclubes de Atletismo, disputado no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro (CTPB), em São Paulo.

Além do ouro para a sua equipe, o juiz-forano de 25 anos bateu o recorde brasileiro e sul-americano da prova pela terceira vez no ano, confirmando o índice para o Mundial de Tóquio, em setembro.

“Até agora não sei descrever o que foi essa prova. Eu sempre almejei chegar aos 90 metros, porque sempre se vê lançadores lançando longe, mas poucos acima dessa marca. É um seleto grupo que conseguiu esse feito. É histórico, e poder fazer isso no Brasil tem um peso muito maior. De estar aqui no Troféu e fazer 90 metros dentro do Brasil. É muito legal entrar para o livro da história”, disse Luiz Maurício.

“Em um ano, já melhorei cinco vezes meu recorde pessoal. Está sendo uma sequência muito boa, um ano incrível para mim. Vamos ver as cenas dos próximos capítulos.”Luiz começou sua participação na prova já quebrando o recorde brasileiro e sul-americano anterior: na primeira tentativa, fez 90,68 m, levando os presentes na pista do Centro de Treinamento Paralímpico à loucura – ele entrava para o clube dos 90 metros. Mas o melhor ainda estava por vir. Na segunda tentativa, o atleta mineiro fez os 91,00 m. Ainda fez mais dois lançamentos, marcando 86,50 m e 81,37 m. Pedro Henrique Nunes (Pinheiros-SP) foi o segundo colocado, com 79,94 m, e Bruno Rodrigues de Farias (Atletismo Taubaté-SP) ficou com o bronze (70,87 m).

Desde o Troféu Brasil de 2024, também disputado no CTPB, Luiz Maurício tem melhorado sua marca pessoal, estabelecendo recordes brasileiros e sul-americanos. Em junho do ano passado, fez 85,57 m, ultrapassando os 85 metros pela primeira vez, e se classificou para os Jogos Olímpicos de Paris – o atleta classifica esse momento como uma “virada de chave” na sua carreira. Na Olimpíada, novo recorde pessoal: com 85,91 m na qualificação, Luiz Maurício colocou o Brasil em uma final da prova após 92 anos – ele terminou os Jogos na 11ª posição.Nesta temporada, Luiz havia melhorado o recorde sul-americano outras duas vezes. Em 31 de maio, venceu o Kip Keino Classic, em Nairóbi (Quênia), com um lançamento de 86,34 m. Em junho, fez sua estreia na Liga Diamante, o principal circuito de provas da World Athletics, em grande estilo: 86,62 m, e o terceiro lugar no Meeting de Paris.

Velocista de 16 anos ganha prata nos 200m feminino

Hakelly Maximiano da Silva (Associação Esportiva Cidadania e Dignidade – AECD), uma atleta de apenas 16 anos, ganhou a cena na final dos 200 metros rasos.

Hakelly, de Macaé (RJ), foi às duas finais entre adultas, saiu da competição com dois recordes brasileiros sub-18 – dos 100 m (11.37) e dos 200 m (23.30) –, e uma medalha de prata nos 200 m.A vitória foi de Lorraine Martins (Pinheiros-SP), com 23.12 (-0.3 m/s), com Ana Carolina Azevedo em terceiro (Pinheiros-SP), com 23.32.

“Eu botei na cabeça que se saísse da curva junto com a Ana e a Lorraine iria buscar as duas, iria para a briga”, disse Hakelly, que deu um grito no meio da pista quando ouviu o locutor confirmar a marca: recorde brasileiro sub-18. O recorde pertencia a Tamiris de Liz, de 23.35.

Hakelly havia sido a quarta colocada nos 100 m, com 11.37, recorde brasileiro sub-18, na quinta-feira (31/7). Na semifinal dos 200 m no sábado (2/8), venceu a terceira série com 23.55 (0.0), segundo melhor resultado das três séries disputadas e sua melhor marca pessoal (era 23.64). “Eu vim para cá com essa meta, mas precisava acertar algumas coisas. Sair daqui com dois recordes sub-18 é muito gratificante. Macaé todo estava torcendo por mim. Vou voltar para casa muito, mas muito feliz com essa conquista”, comentou Hakelly.

“Eu esperava melhorar minha marca nos 100 m, mas não tanto como eu melhorei. 11.37 é uma marca excepcional para quem começou o ano mal, com lesão. A recuperação foi um momento difícil, mas é dedicação em cada treino e agradeço meu treinador (Hiller Franco).

Lucas Conceição Vilar (SESI-SP) foi campeão dos 200 m com 20.41 (0.0), sua melhor marca pessoal para a distância, perseguida há três anos – era de 20.57, de 2021. Seus olhos encheram de lágrimas, de emoção, ao receber os parabéns dos colegas velocistas do Sesi – Erik Cardoso e Felipe Bardi, ouro e prata nos 100 m – e ao abraçar os treinadores Rosana e Darci Ferreira.”Estou muito feliz com o resultado. Estava preparado para correr bem tanto os 200 m e os 400 m. Foram três anos para melhorar essa marca e isso me motiva muito para a disputa do GP Brasil de Atletismo”, ressaltou Lucas. Bernardo Nunes Oliveira conquistou a medalha de prata (20.70) e Darley Mendonça Santos, o bronze (20.74).

Índice para o Mundial e recordes na vitória de Viviane Lyra e Max Batista nos 35.000 m da marcha atlética

Viviane Lyra (Praia Clube-Exército-CEMIG-Futel-MG) e Max Batista (CASO-DF) venceram os 35.000 m da marcha atlética, na abertura do último dia (3/8) do 44º Troféu Brasil Interclubes de Atletismo Loterias Caixa, com excelentes resultados: Vivi bateu o recorde brasileiro e sul-americano da prova e conquistou o índice para o Mundial de Tóquio, em setembro, enquanto Max bateu o recorde nacional e conquistou pontos importantes no índice Road to Tokyo, da World Athletics.

O índice de classificação para o Mundial nos 35 km para mulheres é de 2:48. Vivi garantiu sua vitória com o tempo de 2:46.36.2, um feito para provas realizadas na pista, sempre mais difíceis do que na rua, por causa das curvas e pela necessidade de ultrapassar adversárias mais lentas, aumentando a distância percorrida.

O recorde brasileiro e sul-americano anterior era 2:55.16.4, de Gabriela Muniz desde 2024 – a marchadora do CASO-DF, que ficou com a prata (2:56.06.5), também está bem posicionada no ranking de pontos para o Mundial, assim como Mayara Vicentainer (IABC/FMEBC-SC), bronze com 3:08.42.0.

Na prova masculina, Max bateu o seu próprio recorde nacional, com 2:31.57.3, melhorando a marca anterior em 4 minutos (2:35.27.1). Também ficou por apenas 40 segundos do recorde sul-americano (2:31.17.7). Matheus Correa (AABLU-SC) também correu abaixo do antigo recorde brasileiro e ficou com a prata (2:34.01.1). Companheiro de equipe de Max em Sobradinho, Klaubert França (CASO-DF) garantiu o bronze com 2:47.01.0

Regys Silva

Regys Silva

O surtado original. Criador do site em 2011 e louco pelas disputas da final olímpica do badminton até a final C do skiff simples do remo.Cearense e você pode me achar em Regys_Silva
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