Campeonato Brasileiro de halterofilismo reúne em São Paulo medalhistas mundiais
Neste sábado, Marco Túlio, do Praia/CDDU/Futel, ergueu 178kg para conquistar a primeira colocação em sua categoria. O resultado foi melhor do que os 177kg que lhe garantiram a medalha de bronze no Mundial do Egito, em outubro, e igual ao peso levantado pelo medalhista de prata na competição.
Com o levantamento, Marco garantiu também 100% de movimentos válidos em todas as disputas individuais que participou neste ano.“Foi um ano incrível, em que meu trabalho foi recompensado. Desde o início do ano, sabia que meu momento era de treinar muito. Decidi que meu objetivo era melhorar muito meu resultado, não só colocar um ou dois quilos a mais, para chegar até uma medalha no Mundial. Agora eu já quero voltar para casa e treinar ainda mais”, afirmou.
Marco Túlio disse ter competido no CT neste sábado sem se intimidar com a responsabilidade de agora ser um medalhista mundial. “É um tema que converso com minha psicóloga. A competição é embaixo da barra. Ela, o peso e o banco são iguais, só muda o lugar, se estou em São Paulo ou no Cairo. Por isso cheguei leve para quebrar mais um recorde”, afirmou.
Outra medalhista do Cairo, a mineira Lara Lima , bronze na disputa individual até 41kg e de ouro na equipe feminina, encerrou o Brasileiro Loterias Caixa com a marca de 105kg levantados em sua segunda tentativa. A atleta ainda tentou quebrar o recorde brasileiro da categoria erguendo 110kg, mas não conseguiu validar a marca.
“Esta barra de 110kg está birrenta comigo. Mas ela vai subir em breve. De qualquer modo, estou muito feliz. Modifiquei meus treinamentos para esta competição e percebi que as barras que eu levantei subiram mais fácil. O que estou fazendo está dando certo. Além disso, os 110kg estão começando a sair do meu peito, algo que antes nem acontecia direito. Vamos avaliar o que falta, mas já percebi que houve um ganho”, afirmou a atleta do Praia/CDDU/Futel.
A atleta disse estar satisfeita com seu desempenho ao longo de 2025, ano no qual assumiu o desafio de iniciar uma graduação em psicologia ao mesmo tempo em que seguia nos treinamentos para estar no alto rendimento.
“Eu agora treino bem cedo e precisei ter muito foco. Houve muito que não iria dar conta. Mas as minhas conquistas neste ano demonstram que é possível e posso até ser um incentivo para outros atletas que queiram fazer uma faculdade. Acredito que a Psicologia vai me ajudar muito como atleta, porque o estudo me ajuda a me entender cada vez mais”, disse.
Mais recorde
A abertura do Brasileiro Loterias Caixa ainda teve a quebra de um segundo recorde brasileiro, na categoria até 50kg, pela potiguar Maria Rizonaide, da SADEF-RN. A atleta ergueu 110kg em sua terceira tentativa e superou a melhor marca anterior, de 109kg, obtida por ela na Segunda Etapa Nacional do Circuito Paralímpico Loterias Caixa, em junho deste ano.
Outra atleta que melhorou sua marca foi a jovem Natália Costa, 20, do Praia/CDDU/Futel. A halterofilista, medalhista de ouro na categoria até 50kg dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Santiago 2025, disputados em novembro, suportou 87kg no CT Paralímpico, dois a mais do que havia obtido na capital chilena.Neste domingo, 7, o Brasileiro terá entre seus destaques a participação das duas campeãs paralímpicas dos Jogos de Paris 2024, a paulista Mariana D’Andrea (categoria até 73kg) e a carioca Tayana Medeiros (até 86kg). No Egito, elas conquistaram juntas uma medalha de ouro na disputa feminina por equipes e foram prata em suas respectivas categorias na competição individual.











