ONU adota a trégua olímpica para Milão-Cortina d’Ampezzo

Trégua terá inicio sete dias antes dos Jogos Olímpicos

Foto: Reprodução/X
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As Nações Unidas adotaram por consenso a resolução que defende uma pausa destinada a evitar que conflitos geopolíticos afetem os Jogos Olímpicos de Inverno de 2026; uma medida impulsionada pela diplomacia e pelos esforços conjuntos da Itália e do COI durante a sessão de quarta-feira em Nova Iorque, marcada pela união.

O acordo, aprovado pela 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, concluiu um processo de negociação no qual a Itália, país anfitrião dos Jogos, atuou como força motriz política e simbólica. Intitulada “Construindo um mundo mais pacífico e melhor através do esporte e do ideal olímpico”, a resolução apela aos Estados-membros para que respeitem uma trégua que começará sete dias antes do início do evento multiesportivo de inverno, em 6 de fevereiro de 2026, e se estenderá até uma semana após o encerramento dos Jogos Paralímpicos, em 15 de março. O objetivo é garantir a passagem segura de atletas, dirigentes e pessoal credenciado em um contexto internacional tenso devido a múltiplos conflitos em curso.

O apoio esmagador, com 165 copatrocinadores, levou a uma série de intervenções que destacaram o valor simbólico desta trégua num cenário internacional marcado pela polarização. A presidente do Comitê Olímpico Internacional, Kirsty Coventry, alertou em seu discurso que “Em todo o mundo, conflitos e divisões continuam a causar sofrimento incalculável” e argumentou que o esporte cria um espaço excepcional onde as pessoas podem se encontrar em igualdade de condições. “Quando os atletas se reúnem, eles não veem nacionalidade, religião ou origem. Eles se veem como colegas atletas”, afirmou, apresentando a Trégua Olímpica como “um apelo para deixarmos de lado o que nos divide e, em vez disso, focarmos no que nos une”.

Coventry expressou gratidão pelo apoio global, assegurando que a assembleia estava enviando uma mensagem forte àqueles que participarão em 2026: “Vocês estão enviando uma mensagem clara aos atletas do mundo todo de que: sim, vocês estarão com eles enquanto demonstram, no palco olímpico, que o esporte pode nos unir, apesar do que nos divide”. Ela acrescentou que o COI e a ONU compartilham a missão de “unir as pessoas, defender a dignidade humana e construir pontes de paz” e enfatizou que preservar o esporte como um território neutro exige protegê-lo de pressões políticas. Nesse sentido, lembrou que os atletas precisam de garantias de entrada nos países anfitriões e de participação sem interferências. “Os atletas não devem ser julgados por sua origem, mas sim por seus méritos esportivos.”

Regys Silva

Regys Silva

O surtado original. Criador do site em 2011 e louco pelas disputas da final olímpica do badminton até a final C do skiff simples do remo.Cearense e você pode me achar em Regys_Silva
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