Osasco supera Bauru e conquista o título inédito da Supercopa de vôlei feminino

Embalados pelas ótimas atuações ofensivas de Bianca Cugno e Caitie Baird e um sólido sistema defensivo, o Osasco São Cristóvão Saúde superou o Sesi-Bauru por 3 sets a 0, com parciais de 25/17, 25/19 e 28/26, e conquistou o título inédito da Supercopa de vôlei feminino. O duelo, que abriu a temporada 2025/26 do voleibol nacional, foi realizado neste sábado (18) no Ginásio Guanandizão, em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.

Esta foi a sexta decisão entre os clubes e a quinta vitória osasquense, que já havia derrotado as bauruenses nas finais da Superliga 2024/25, da Copa Brasil 2025 e do Campeonato Paulista nas edições 2020 e 2024.

O próximo compromisso das equipes será pela estreia da Superliga. E ambas enfrentam os dois clubes debutantes da competição: as campeãs visitam o Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro, e Bauru recebe o Renasce Sorocaba. As partidas estão agendadas para o dia 22 (quarta-feira), às 18h30.

Destaques

Bianca Cugno teve uma noite de gala logo em sua estreia por Osasco: além de receber o Troféu Viva Vôlei ao ser eleita a melhor jogadora da partida, a oposta argentina foi a maior pontuadora, com 20 acertos. Caitie Baird também se destacou no setor ofensivo ao colaborar com 18 pontos.

Pelo lado de Bauru, a oposta Nia Reed anotou 10 e Diana deixou a quadra com 9 pontos.

1° set

Osasco iniciou pressionando Bauru com saques forçados e aproveitou os 100% de eficiência da oposta argentina Bianca Cugno em seus três primeiros ataques para abrir 6 a 2 no placar. Diante da desvantagem, o técnico Henrique Modenesi pediu tempo e a equipe bauruense respondeu de imediato, marcando três pontos consecutivos. Então, foi a vez de Luizomar de Moura solicitar a paralisação. Ambas as defesas travaram bons duelos e se sobressaíram diante dos ataques, gerando vários ralis. Após sustentar o equilíbrio por alguns minutos, Bauru demonstrou desconforto com a situação. A equipe não converteu seus golpes, sofreu com o bloqueio pesado, passou a cometer vários erros ofensivos e viu Osasco aproveitar os contra-ataques para deslanchar em 22 a 16. Corroborando seu ótimo desempenho, Bianca Cugno fechou a parcial em 25 a 17 numa diagonal pela saída de rede.

2° set

Jenna Gray, além do entendimento com Bianca Cugno, aproveitou o bom momento e pontuou numa bola de segunda, pegando a defesa do oponente completamente desatenta (7 a 4). Movido pela boa distribuição de Dani Lins, Bauru contou com a melhora na eficácia de suas atacantes e instabilidade de Osasco para igualar a contagem em 17. Entretanto, novamente o bloqueio osasquense entrou em ação. Desta vez, o fundamento teve papel decisivo tanto na pontuação quanto no amortecimento dos ataques. A forte marcação desestabilizou as bauruenses e o time Luizomar de Moura, ancorado por Cugno e Caitie Baird, repetiu o roteiro do set passado e disparou na reta final. Maiara Basso bateu uma paralela pela entrada de rede e definiu o placar em 25 a 19.

3° set

Jogando a sobrevida no duelo, Bauru começou bem e, pela primeira vez no embate, esteve à frente no marcador. A liderança, contudo, foi efêmera. O passe de Osasco estava à feição para Jenna Gray escolher as jogadas entre as pontas e o meio de rede. A equipe marcou três pontos seguidos, retomou o controle e chegou a se distanciar em 16 a 13. Porém, diferente do cenário das parciais anteriores, o time do interior paulista se manteve lúcido no momento derradeiro, com Nia Reed e Mayany comandando o ataque. Kasiely anotou o primeiro ace do conjunto na partida e empatou o placar em 22.

Bauru, enfim, esteve em vias de diminuir sua desvantagem ao obter três set points, no entanto, a equipe não capitalizou as oportunidades. Já o adversário mostrou resiliência e foi cirúrgico quando teve a chance. Com um bloqueio da estadunidense Caitie Baird sobre sua compatriota Nia Reed, Osasco sacramentou a vitória na terceira parcial por 28 a 26 e no jogo por 3 a 0.