O Brasil vai pra sua 10ª participação
Sigla: BRA
Medalhas na história: Ouro: 0 | Prata: 0 | Bronze: 0 | Total: 0
Em Pequim… Ouro: 0 | Prata: 0 | Bronze: 0 | Total: 0
Primeira Participação olímpica – Albertville 1992
Maior medalhista olímpico: –
A primeira vez que o branco do inverno teve a oportunidade de ser colorido de verde e amarelo foi em Albertville, na França, em 1992 e, desde então, sempre esteve presente. Na ocasião, sete atletas – seis homens e uma mulher – competiram pelo esqui alpino. Os resultados obtidos por Lothar Christian Munder no downhill masculino; por Hans Egger no slalom masculino e por Evelyn Schuler no super-G feminino e no slalom gigante feminino são até hoje os melhores resultados de tais disciplinas. O primeiro porta-bandeira brasileiro foi Hans Egger.
PARADA DAS NAÇÕES – BÓSNIA-HERZEGOVINA
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Em Salt Lake City 2002, o Brasil estreou no bobsled, no esqui cross-country e no luge, dando sinais de uma evolução, embora ainda incipiente. No ano de 2006, o Brasil viu a estreia de inverno da até então sua atleta com mais participações olímpicas, Jaqueline Mourão, e obteve o melhor resultado de sua história com Isabel Clark no snowboard cross feminino. Isabel conquistou o 9º lugar, a única vez que o país ficou em um top 10.
Jaqueline, que já havia participado dos jogos de verão em Atenas 2004, ainda competiria em Vancouver 2010, Sochi 2014, Pyeongchang 2018 e Pequim 2022, além de Pequim 2008 e Tóquio 2020, esses jogos de verão. Mourão competiu pelo esqui cross country (2006, 2010, 2014, 2018, 2022), pelo biatlo (2014) e pelo ciclismo mountain bike (2004, 2008 e 2020). Em 2010, 2014 e 2022 ela teve a honra de ser uma das porta-bandeiras.
Vancouver 2010 marcou uma evolução do esporte de inverno no Brasil ainda que os resultados tenham sido modestos. Pela primeira vez, as competições tiveram maior atenção da mídia aberta, o que contribuiu para a maior visibilidade dos apaixonados pelo esporte. Atletas como Sérgio Mitsuo, do curling, já deram entrevistas contando que foi em razão dessa maior visibilidade que conheceram e começaram a praticar o esporte invernal.
Coincidência ou não, quatro anos depois, o Brasil levou sua maior delegação, tanto em número de atletas quanto em esportes representados. Foram treze atletas divididos em sete diferentes esportes. Biatlo, patinação artística e esqui estilo livre debutaram. Também foi nesse ano que foi iniciada uma tendência que vem crescendo em anos recentes, o melhor aproveitamento de atletas de dupla nacionalidade.
A começar com Isadora Williams, patinadora de origem estadunidense, mas de mãe brasileira, o Brasil iniciou a importação de competidores. Vale ressaltar que essa é uma prática comum no esporte, e que para que ela seja realizada, algumas regras precisam ser seguidas, além, claro, do interesse de ambas as partes. A federação ganha com mais representação e capacitação e o atleta com mais visibilidade e patrocínio. Para o atleta aceitar o convite de defender alguma federação a qual possui laços, ele precisa chegar à conclusão de que ela possui estrutura de ponta capaz de desenvolver e melhorar seu desempenho esportivo.
As últimas olimpíadas realizadas, Pequim 2022, trouxeram um futuro promissor para o Brasil. Pela primeira vez, o bobsled ficou entre os vinte melhores no quarteto masculino, obtendo direito a fazer a quarta e última descida. Este resultado foi o melhor na categoria masculina até hoje. Também pela primeira vez fomos representados em algumas disciplinas, como no skiatlo masculino e no sprint em equipes feminino, disciplinas do esqui cross-country; e no moguls feminino, que pertence ao esqui estilo livre. Mas o maior legado veio com a estreia do skeleton. Logo na primeira vez que o Brasil disputou, com Nicole Silveira, já conquistamos o 13º lugar, o melhor resultado em esportes de gelo e o segundo melhor da história do país.
Em Jogos Olímpicos, o Brasil nunca participou no curling, hóquei no gelo, patinação de velocidade, patinação de velocidade em pista curta, salto em esqui, combinado nórdico e esqui-montanhismo, esporte que fará sua estreia em olimpíadas de inverno em 2026.
ESPORTES
Esqui alpino: Pela primeira vez nos Jogos de inverno, o Brasil chega com chances reais de disputar uma medalha. Competindo pela Noruega, Lucas Pinheiro Braathen já foi campeão geral da Copa do Mundo de Slalom em 2023 e chegou no pódio em 13 oportunidades, entre slalom e slalom gigante, cinco dessas vezes sendo medalhista de ouro. Em 2024, passou a defender o Brasil após desavenças com a Federação Norueguesa. Ele provou estar em grande nível ao conquistar mais três pódios na Copa do Mundo de Esqui Alpino. Caso Lucas consiga medalhar, se tornará o melhor resultado latino-americano em jogos de inverno, um recorde que pertence ao 4º lugar obtido pela Argentina no quarteto masculino do bobsled em 1928.
Skeleton: Nicole Silveira conquistou o 13º lugar em Pequim 2022 obtendo assim o segundo melhor resultado em olimpíadas de inverno para o Brasil. Desde então, já obteve alguns top-10 na Copa do Mundo de Skeleton, incluindo dois bronzes, um em Pyeongchang, na Coreia do Sul, e outro em St. Moritz, na Suíça, durante a temporada de 2024-25. No último mundial da modalidade, disputado nos Estados Unidos, Nicole foi a 4ª colocada.











