Mundial começa dia 26 de setembro
Os velocistas Petrúcio Ferreira, da classe T47 (amputados de braço), e Jerusa Geber, da T11 (deficiência visual), vão disputar o Mundial de atletismo em Nova Déli, na Índia, de 26 de setembro e 5 de outubro, como os principais medalhistas da Seleção Brasileira na competição.
A competição na Índia será o primeiro Mundial de atletismo após a realização dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Na capital francesa, a modalidade rendeu 36 pódios ao país, sendo 10 ouros, 11 pratas e 15 bronzes. As provas serão realizadas no estádio Jawaharlal Nehru e a delegação brasileira contará com 50 atletas e nove atletas-guia. Esta é a 12ª participação brasileira em um Mundial da modalidade.
Dentre os convocados para Nova Déli, o velocista paraibano é o maior vencedor na história da competição, com seis ouros: venceu os 100m nos Mundiais Paris 2023 e em Kobe 2024; os 100m e os 400m em Dubai 2019; e os 100m e 200m em Londres 2017.
Na capital indiana, Petrúcio vai em busca do quinto título mundial nos 100m. “Isso é muito gratificante na minha carreira. É a realização de muitos sonhos. Depois de um 2024 vitorioso, iniciei essa temporada atual com bons resultados. Estou melhor fisicamente e mentalmente para buscar essas novas marcas no Mundial”, afirmou o atleta recordista mundial dos 100m com 10s29 e tricampeão paralímpico.
Já a velocista acreana é a atleta da atual Seleção Brasileira que conta com mais pódios em Mundiais da modalidade. Foram 11 até agora. Somente na edição de Paris 2023, Jerusa conquistou duas medalhas de ouro: nos 100m e 200m T11.
Já em Christchurch 2011, na Nova Zelândia, ela subiu ao pódio três vezes naquela edição, com a prata nos 100m e 200m, além de um ouro no revezamento 4x100m. A atleta, que nasceu totalmente cega, também é a atual recordista mundial da disputa que exige mais velocidade: fez 11s80 nos 100m.
Em Nova Déli, ela pode atingir a marca de ser a maior medalhista do Brasil na história dos Mundiais de atletismo. Até hoje, a dona do recorde é a mineira Terezinha Guilhermina, com 12 pódios no total. São oito ouros e quatro pratas entre os Mundiais de Assen 2006 e Doha 2015. Entre os homens, o maior medalhista é o alagoano Yohansson Nascimento, atual vice-presidente do CPB, com 11 medalhas.
“Estamos com muita vontade de chegar nesse Mundial e trazer mais essas duas medalhas para o país, independentemente da cor de cada uma. Queremos colocar o nosso nome mais uma vez na história do esporte paralímpico do Brasil”, completou Jerusa.
A potiguar Thalita Simplício é outra atleta da Seleção que também está entre os principais medalhistas em relação à quantidade. A velocista da classe T11 (deficiência visual) soma oito pódios na história dos Mundiais, sendo três ouros, duas pratas e três bronzes.
Thalita tem a mesma quantidade (porém, com um ouro a mais) que o fluminense Felipe Gomes, que conquistou dois ouros, três pratas e três bronzes. O medalhista de bronze nos 400m no Mundial de Kobe 2024, no entanto, não está entre os convocados para a disputa na Índia.
O lançador mineiro Claudiney Batista, da classe F56 (que competem sentados), com sete pódios, sendo três ouros, duas pratas e dois bronzes, e a paulista Beth Gomes (F53), com seis medalhas, sendo quatro ouros, uma prata e um bronze, completam a relação dos atletas com mais conquistas pelo país na história da competição.
