Praia/CDDU/Futel conquista seu 8º título consecutivo do Brasileiro de halterofilismo com 2 recordes nacionais

Campeonato Brasileiro de halterofilismo coroou o trabalho da equipe do Praia/CDDU/Futel, de Uberlândia (MG), conquistando pelo oitavo ano consecutivo o título da competição

Equipe do Praia/CDDU/Futel comemora título no Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de halterofilismo | Foto: Marcello Zambrana/CPB
Equipe do Praia/CDDU/Futel comemora título no Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de halterofilismo | Foto: Marcello Zambrana/CPB

O Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de halterofilismo terminou na manhã deste domingo, 7, com o Praia/CDDU/Futel, de Uberlândia (MG), conquistando pelo oitavo ano consecutivo o título da competição com 259 pontos, realizada no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Ao longo do torneio, foram registrados cinco recordes nacionais, sendo dois da equipe mineira. A segunda colocação ficou com AESA – ITU 181,5 e SADEF-RN completou o pódio em terceiro lugar com 130,5 pontos.

Com o oitavo título (2016, 2017, 2018, 2019, 2022, 2023, 2024 e 2025), o Praia/CDDU/Futel encerrou sua campanha com destaque para os recordes nacionais quebrados pelo mineiro Marco Túlio, que levantou 178kg, no sábado, 6, e pela baiana Edilândia Araújo, que ergueu 149kg.

“A expectativa era que o oitavo título viesse. Calculamos os pontos e acreditávamos que daria. Os atletas estão muito felizes com os resultados, e o título é a cereja do bolo de um ano fantástico, com medalha em Mundial, medalha em Copa do Mundo e agora o troféu brasileiro”, afirmou Weverton dos Santos, head coach do Praia/CDDU/Futel.

Há 23 anos à frente da equipe e um dos idealizadores do projeto em Uberlândia, Weverton destacou a estruturação do trabalho desde a base, com crianças a partir de 7 anos, e o crescimento constante do grupo: “A expectativa é sempre brigar entre as melhores equipes do país. Sabemos da força de clubes de São Paulo e do Nordeste, mas nosso foco está nos atletas, no Mundial, no Parapan. Os resultados vêm sendo expressivos, e usamos o Brasileiro como referência, sempre com o objetivo de nos preparar para as competições internacionais do ano seguinte”, completou o técnico, que nesta edição trouxe 26 atletas, sendo 24 da elite e quatro do sub-20.

Na manhã deste domingo, Edilândia Araújo, do Praia/CDDU/Futel, levantou 149kg e garantiu a primeira colocação em sua categoria. O resultado supera os 148kg que lhe renderam o quarto lugar no Mundial do Egito, em outubro, e estabelece novo recorde nacional.

“Valeu os treinos. Voltamos do Mundial já focados no Brasileiro, e o resultado veio”, afirmou Edilândia. A atleta ainda destacou o apoio recebido fora da arena: “A família é a base. Se eles não estão bem, como é que eu vou treinar? Preciso desse apoio”, completou.

A competição também contou com atletas que representaram o Brasil no Mundial do Egito, como a carioca Tayana Medeiros, medalhista de prata na categoria até 86kg após levantar 147kg, além do ouro por equipes. No Brasileiro, a halterofilista foi campeã da categoria com o levantamento de 150kg. No último movimento, ela ainda tentou superar o recorde brasileiro, com o levantamento de 157kg, mas teve sua tentativa invalidada.

“Foi uma competição gostosa de participar. Eu não esperava alcançar essa carga. Vim de uma semana difícil, de luto, mas mantive o foco. No final, pedi para tentar os 157kg porque me senti confiante. Não deu, mas vamos trabalhar para os próximos desafios”, afirmou a atleta, campeã paralímpica em Paris 2024.

A programação contou ainda com a participação de medalhistas mundiais, como a paulista Mariana D’Andrea, do clube AESA-ITU/SP, que levantou 147kg e garantiu a primeira posição no Ranking Mundial de 2025. No Egito, a atleta conquistou na categoria até 73kg, a medalha de prata ao erguer 141kg e o ouro na disputa por equipe feminina.

Para fechar a manhã, o carioca Gustavo Amaral quebrou seu próprio recorde, passando de 253kg, marca obtida em março no CT, para 254kg, na categoria acima de 107kg.A categoria é a mesma na qual o atleta conquistou a medalha de prata no Mundial, ao levantar 251kg.

“Este ano foi uma caixinha de surpresas. Passei por diversos obstáculos, mas nossa meta era conquistar uma medalha no Mundial, conseguimos e seguimos trabalhando. Viemos para o Brasileiro e alcançamos o 17º recorde da minha carreira. Em 2026, o ‘caçador de recordes’ entra em ação mais uma vez, em busca de novas marcas e do primeiro lugar no ranking mundial”, afirmou o atleta da ADAAN.

As disputas de sábado também registraram novos recordes. Na categoria até 50kg, a potiguar Maria Rizonaide, da SADEF-RN, levantou 110kg em sua terceira tentativa e superou a melhor marca anterior, de 109kg, obtida por ela na Segunda Etapa Nacional do Circuito Paralímpico Loterias Caixa, em junho deste ano.

Na etapa da tarde, a amazonense Maria de Fátima Castro, da ADEFA, levantou 138kg e estabeleceu o novo recorde brasileiro da categoria até 67kg feminina. A melhor marca anterior também era dela: 134kg, alcançados no Meeting Paralímpico Loterias Caixa de Manaus, em julho deste ano.

*com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro
Paulo César Guimarães

Paulo César Guimarães

Mineiro que tem no esporte sua grande paixão: já tentou judô, natação, vôlei, basquete, handebol, futebol e skate mas tá desconfiado que sua vocação seja contar histórias. Surtado desde 2022!
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