Com melhor campanha da história em Mundiais de halterofilismo, delegação brasileira assegurou mais duas pratas no dia de hoje
Os cariocas Gustavo Amaral de Souza e Tayana Medeiros conquistaram seus primeiros pódios no individual em Mundiais de halterofilismo ao ganharem a medalha de prata pelas categorias acima de 107kg e até 86kg, respectivamente, nesta sexta-feira, 17, em Cairo, no Egito. As marcas de ambos brasileiros ainda valeram como o novo recorde das Américas em suas faixas de peso.
Com isso, o país ampliou sua melhor campanha na história da competição ao somar três pratas e dois bronzes, superando as duas medalhas (um ouro e um bronze) que havia obtido em Dubai 2023. Naquela ocasião, os brasileiros ainda ganharam uma prata por equipes femininas.
A competição se encerra neste sábado, 18, com as disputas por equipes masculina, feminina e mista.
Tayana, que foi a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura da competição no Egito, fez sua quinta participação em Mundiais. Até então, tinha a medalha de prata por equipes femininas em Dubai 2023 como seu melhor resultado – no individual da sua categoria, havia encerrado por três vezes na oitava colocação. Tayana, que nasceu com uma doença chamada artrogripose, que comprometeu o movimento de suas pernas.
Tayana travou uma batalha quilo a quilo com a chinesa Feifei Zheng, atual recordista mundial da categoria, pela medalha de ouro. Logo na sua primeira tentativa, a brasileira bateu o recorde das Américas ao levantar 147kg e superar o seu próprio índice continental anterior, que era de 145kg, erguidos no ano passado na etapa da Copa do Mundo em Tbilisi.
Já no segundo round de levantamentos, a brasileira não conseguiu confirmar 152kg e viu a asiática erguer 153kg e assumir a ponta da disputa. Nas últimas tentativas, Tayana e Feifei Zheng não tiveram a validação dos seus 155kg e 156kg, respectivamente. Com isso, a chinesa ficou com o ouro. A nigeriana Blessing Ibeh completou o pódio, com 136kg.
Pela mesma categoria, a brasiliense Gabrielle Diniz, que competiu pela primeira em uma edição de Mundial, obteve 126kg como seu melhor levantamento e terminou na 12ª colocação. Já a baiana Valéria Alves dos Santos completou sua participação com 106kg.
Mais uma prata inédita!
O carioca Gustavo Amaral de Souza também subiu ao pódio pela primeira vez em um Mundial da modalidade com a conquista da segunda colocação, com 251kg.
Assim como Tayana, o halterofilista, que foi submetido à amputação na perna direita em decorrência de uma má-formação, já quebrou o novo recorde das Américas logo na sua primeira tentativa – levantou 241kg e superou os 236kg feitos há dois meses, na etapa de Santiago (CHI) da Copa do Mundo da modalidade.
Na segunda tentativa, ampliou a marca continental para 247kg para selar a participação com 251kg no derradeiro levantamento.
O vencedor da disputa foi o iraniano Ahmad Aminzadeh, que alcançou 260kg em suas três tentativas. O georgiano Akaki Jintcharadze, com 150kg, completou o pódio.











