Queniana vai manter o recorde mundial apesar da suspensão
A recordista mundial da maratona feminina, Ruth Chepngetich, foi suspensa por três anos após admitir uma violação de doping, informou a Unidade de Integridade Atlética do atletismo (AIU).
A AIU afirmou que Chepngetich admitiu violações das regras antidoping devido à presença e ao uso do diurético proibido hidroclorotiazida, ou HCTZ, que pode ser usado para disfarçar o uso de drogas para melhorar o desempenho. Ela havia sido suspensa em julho deste ano.
A entidade também afirmou que Chepngetich aceitou as acusações e a sanção após um teste positivo para o diurético proibido em uma amostra de 14 de março.
A corredora queniana de 31 anos quebrou o recorde mundial por quase dois minutos na Maratona de Chicago do ano passado, registrando 2 horas, 9 minutos e 56 segundos.
Todas as conquistas e recordes de Chepngetich anteriores à amostra de 14 de março permanecerão válidos.
A AIU afirmou que, embora se saiba que diuréticos são usados de forma abusiva por atletas para mascarar a presença de outras substâncias proibidas na urina, a HCTZ também foi identificada como um potencial contaminante em produtos farmacêuticos.
Chepngetich não conseguiu explicar o resultado positivo do teste quando foi entrevistada pela primeira vez em abril. Em uma entrevista posterior, em 11 de julho, ela foi confrontada com evidências obtidas por meio de seu telefone celular, indicando “uma suspeita razoável de que seu teste positivo pode ter sido intencional”, afirmou a AIU.
Na época, Chepngetich manteve sua posição de que não conseguia explicar o resultado positivo do teste e que nunca havia se dopado.
A AIU afirmou que, em 31 de julho, Chepngetich alterou sua explicação anterior.
“Ela escreveu à AIU para declarar que agora se lembrava de ter adoecido dois dias antes do teste positivo e de ter tomado a medicação de sua empregada doméstica como tratamento, sem tomar nenhuma medida para verificar se continha uma substância proibida”, afirmou a AIU.
Ela afirmou que havia se esquecido de relatar o incidente aos investigadores da AIU. Ela enviou uma foto da cartela do medicamento que indicava claramente que o medicamento era ‘hidroclorotiazida’.
O presidente da AIU, David Howman, disse que o caso ressalta que “ninguém está acima das regras” e elogiou o comprometimento da indústria com a integridade do esporte.
Chepngetich também venceu a maratona no Campeonato Mundial de 2019 no Catar, onde a corrida feminina começou à meia-noite para evitar o calor extremo durante o dia.











