Tiago Splitter fez sua estreia como treinador principal na NBA e mostra ter muito potencial. Será que ele vai comandar a seleção brasileira em um futuro próximo?
Sexta (24) marcou a estreia de Tiago Splitter como técnico do Portland Trail Blazers, o primeiro brasileiro a comandar um time da NBA na história. E ele estreou com a mão direita, vitória em cima do Golden State Warriors. Sua ascensão como treinador tem sido meteórica e não duvide se ele em breve esteja fazendo dupla função comandando a seleção brasileira e uma equipe na NBA. Ou não?
Pra quem não sabe como aconteceu, Splitter era auxiliar em Portland de Chauncey Billups, ex-jogador e campeão de NBA assim como o brasileiro. Mas Billups foi preso pelo FBI nesta semana por acusação de envolvimento com jogatina ilegal de pôquer, envolvendo inclusive mafiosos – O jogador Terry Rozier do Miami Heat também foi preso na mesma operação. Com isso, o Trail Blazers colocou Tiago Splitter como interino.
E quem conhece a trajetória de Splitter desde jogador, sabe que essa escolha não foi por acaso. Ele sempre foi um pivô de QI de basquete alto, muito bom defensivamente e no ataque, fazia o pick and roll muito bem – Quem viu Splitter e Marcelinho Huertas jogando juntos na seleção sabe do que tô falando. Ele ainda jogou no San Antonio Spurs de Gregg Popovich, onde jogador egoísta e ‘ausente de inteligência’ não jogava. Infelizmente, lesões abreviaram a sua carreira, mas Tiago soube se reinventar.
Em 2019, aos 34 anos, ele começou como assistente do Brooklyn Nets, função que ficou por quatro anos. Após mais um ano como assistente do Houston Rockets, ele resolveu partir para a Europa, comandando o Paris Basketball como técnico principal.
E na França ele mostrou a que veio, com o Paris vencendo a liga francesa e a Copa da França, além de ir para os playoffs da Euroliga. Após uma temporada, ele resolveu voltar a NBA para ser assistente de Portland Trail Blazers e as circunstâncias o fizeram ser o técnico interino da franquia.
E na seleção, ele é assistente desde 2021, e em 2022 foi quando ele deu sua primeira amostra como treinador, quando comandou a seleção sub23 masculina no Globl Jam, onde o Brasil levou o título vencendo os Estados Unidos na final. Chegou-se a cogitar Splitter na seleção principal após as olimpíadas de Paris, mas Aleksandr Petrovic continuou.
Mas o próprio croata falou que não fica até o fim do ciclo de Los Angeles, o que abriria espaço para Splitter virar o treinador da seleção, que seria o ideal. Mas a situação pode mudar, afinal, se Splitter agradar como interino e se Billups for condenado, muito provável que ele seja efetivado. E aí ele só poderia comandar a seleção nas férias da NBA, algo que por exemplo o treinador dos Estados Unidos faz – o do momento é Erik Spolestra, do Miami Heat. Não acharia ruim se um auxiliar – Helinho Garcia por exemplo – comandar a seleção nas eliminatórias da Copa do Mundo enquanto Tiago ficaria nas grandes competições. Faça esse acordo CBB!
Mas Tiago virando treinador da seleção ou não, devemos ter orgulho de sua trajetória. Treinar um time de Euroliga e depois um da NBA não é para qualquer técnico e ele, tem conseguido isso sendo muito jovem. Mas ele parece um veterano no basquete, sempre prezando pela defesa – herdeiro do Poppovich – e com um bom jogo de ataque – foram 139 pontos na vitória contra o Warriors. Ele tem um futuro grandioso pela frente se continuar nessa curva de evolução e se um dia comandar a seleção brasileira será um tremendo ganho para o nosso basquete.











