Treinador também elogiou a líbero Marcelle e demonstrou preocupação com a renovação de levantadoras da seleção
O Técnico da seleção feminina de vôlei José Roberto Guimarães desembarcou com parte da equipe que disputou o mundial de vôlei na Tailândia na noite de segunda (8) em São Paulo. Ele parou para atender jornalistas que o aguardavam no aeroporto, onde fez um balanço da campanha brasileira, que terminou com um terceiro lugar:
“O sentimento é de orgulho. A gente vem encontrando as pessoas e todos os brasileiros elogiando o que a gente fez no Mundial: a nova geração que está aparecendo, a atitude que essas meninas tiveram durante esse tempo. A gente jogou de igual para igual contra a melhor seleção do mundo, que é a Itália, campeã olímpica. A gente esteve muito perto. Foi um jogo decidido em dois pontos. A gente perdeu o tie-break de 15 a 13 e a gente colocou a Itália numa situação difícil. E depois ganhamos do Japão, menos de 16 horas depois, tendo jogado um 3 a 2” disse Zé Roberto ao site globoesporte.com
O treinador, de 71 anos, também assumiu a culpa pela derrota para a Itália, na semifinal da competição: “A gente conversou, e acho que é uma coisa muito particular. Na realidade, a culpa é minha. Não é culpa da Júlia, não é da Gabi. Nós tivemos 29 erros, a Itália fez 19. Nós fizemos 22 pontos de bloqueio, a Itália 12 ou 13. Então são coisas que acontecem. Isso faz parte do time, dessa melhora, dessa evolução, passar por esses momentos de dificuldade. Mas a culpa é sempre do treinador”
Zé também elogiou a líbero Marcelle, que assumiu a titularidade da posição e agradou os torcedores: “A Marcelle foi muito bem, jogando pela primeira vez contra esse nível de jogadoras. Ela se sentiu muito à vontade e foi abraçada pelas companheiras. A forma como encarou as primeiras competições pelo Brasil foi muito natural. Ela tem que melhorar, mas ela é jovem (23 anos) e muito promissora”
Por fim, Zé demonstrou que sua maior preocupação para o ciclo é ter uma gama maior de levantadoras para testar – Marcis e Roberta estão com 36 e 35 anos, respectivamente, e ele quer jogadoras mais jovens para a posição:
“A gente tem algumas levantadoras que estão sendo trabalhadas no Brasil. A gente precisa ver como elas vão se encontrar agora na Superliga, como vão se desenvolver nos seus times. Falei exatamente isso com a equipe: quando a gente vem jogar fora, o nível é muito alto, os times arriscam, mas erram pouco. E as levantadoras: a gente precisa desse desenvolvimento, não tem jeito. Tenho acompanhado a base, algumas muito jovens, elas precisam jogar, precisam mostrar nos seus times da Superliga podem ser convocadas ou convidadas.” concluiu Zé, que agora vai tirar uns dias de descanso antes de começar a trabalhar no seu projeto em Barueri.
