Brasileiros estão em destaque no Pan-Americano de Parabadminton
O Brasil garantiu neste sábado (25) quatro dobradinhas com medalhas de ouro e prata no Campeonato Pan- Americano de Parabadminton de 2025. No feminino, Ana Carolina Reis enfrenta Edwarda Dias, na SL4, Adriane Ávila encara Kauana Beckenkamp, na SL3, e Ana Gomes duela com Daniele Souza, na WH1. Já no masculino, Marcelo Conceição desafia Arthur Dias, igualmente na WH1. Além desses duelos caseiros, a delegação brasileira briga pelo título continental com mais três atletas contra rivais estrangeiros: Vitor Tavares, na SH6, Mikaela Almeida, SU5, Rogério Oliveira, SL4, e Júlio Godoy, na WH2.
Dos 12 brasileiros finalistas, quatro defendem o título continental, já que foram campeões em Cali-2022. Adriane Ávila, Rogério Oliveira, Ana Carolina Reis e Marcelo Conceição buscam a consagração mais uma vez. Superados na semifinal, nove brasileiros finalizaram o Pan-Americano de Parabadminton com o bronze. Rômulo Morais (WH1), Jonathan Cardoso (SL3), João Pedro Oliveira (SL4), Victor Amorim (WH2) e Yuki Rodrigues (SU5) garantiram lugar no pódio entre os homens. Já no feminino, as medalhistas foram Milani Gomes (WH1), Maria Gilda Antunes (WH2), Bruna Vasconcellos (SU5) e Maria Eduarda Souza (SH6).
Dobradinha brasileira na SL3 feminina
O Brasil confirmou a primeira dobradinha no Pan de Parabadminton quando Adriane Ávila e Kauana Beckenkamp derrotaram suas rivais na semifinal da SL3. Atual campeã continental, a primeira delas superou a peruana Flor Maria Vasquez: 21/18 e 21/6. “Adotei como estratégia manter a ineficiência dela um pouco mais acentuada. Ela não estava tão forte, quando ela forçava muito, acabava jogando a peteca para fora. Acho que foi um jogo mais tranquilo do que o primeiro que fiz com ela, ainda na fase de grupo. O primeiro game foi mais difícil. No segundo, acho que a calma tomou conta e ficou mais fácil”, disse Adriane Ávila.
A jogadora, cabeça de chave número 1, também comentou o que esperar dela na decisão. “Tentar ficar tranquila, que é a parte mais difícil. Tecnicamente, continuo bem, mas a gente tem a jovialidade das meninas tomando conta. Então, manter a tranquilidade será o principal. Quando estou tranquila, consigo fazer um jogo melhor. O mais importante é fazer um bom jogo”, concluiu Adriane Ávila. Ela defende seu título do Pan contra a jovem brasileira Kauana Beckenkamp, que precisou de três sets para vencer a mexicana Maria Guadalupe Perez, 3ª melhor ranqueada do continental, parciais de 21/17, 15/21 e 21/19.
“É muito difícil explicar. Tem jogo que a gente oscila bastante e, sinto que, no segundo set me senti um pouco mais fraca, porque exige bastante da gente. Mas acho que quando a gente faz o jogo com calma, é a melhor opção. Percebi nesse jogo que, quando a gente faz o jogo para finalizar, não consegue. Por outro lado, quando faz só para jogar, para passar a peteca, é bem melhor”, avaliou Kauana Beckenkamp, 2ª cabeça de chave da classe SL3 feminina. Além de ganhar confiança, a atleta saiu de quadra com outro sentimento. “Dá (confiança), mas também dá um alívio. Passou a semifinal e agora é decisão. Amanhã vou voltar melhor”, finalizou.
Mais três finais de simples com dois brasileiros
Além de Adriane Ávila e Kauana Beckenkamp, o Brasil colocou dois atletas em finais de simples em mais três classes. Na SL4 feminina, Ana Carolina Reis, cabeça de chave 2, venceu a peruana Jenny Huaranga, games de 21/11 e 21/10. Ela enfrenta na final a compatriota Edwarda Dias, que bateu a brasileira Melissa Vitória Silva, parciais de 21/14 e 21/8. Na edição de Cali-2022, Ana Carolina Reis venceu Edwarda Dias na disputa do ouro com sets de duplo 21/14. Outra final que se repete será entre Ana Gomes e Daniele Souza, da classe WH1. Há três anos, na Colômbia, Daniele Souza sagrou-se campeã vencendo a compatriota por duplo 21/16.
As duas se encontram de novo no Pan de Parabadminton de 2025. Em confronto caseiro, Ana Gomes, 1ª cabeça de chave do evento, ganhou de Milani Gomes, parciais de 21/7 e 21/18. Já Daniele Souza, 3ª melhor ranqueada da classe, sofreu mais, já que perdeu o primeiro game, mas virou contra a peruana Jaquelin Javier, cabeça de chave 2, séries de 17/21, 21/14 e 21/19. No masculino, Arthur Dias bateu o venezuelano Jonaiker Martinez (21/7 e 21/12) e Marcelo Conceição superou o compatriota Rômulo Morais (21/16 e 21/7). Os dois duelam na final e Marcelo Conceição, melhor ranqueado do torneio, é o atual campeão.
Decisões com apenas um brasileiro
O sábado (25) não foi apenas de dobradinhas. Quatro atletas do Brasil estarão em finais contra estrangeiros. Bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, Vitor Tavares chegou à decisão da SH6 ao triunfar diante do canadense Justin Kendrick (21/7 e 21/10). Ele briga pelo ouro contra o estadunidense Miles Krajewski, atual campeão do Pan-Americano. Os dois fizeram a final em Cali-2022 e o rival levou a melhor. Já Júlio Godoy, prata na WH2 na edição colombiana, volta a jogar uma final com o chileno Jaime Aranguiz após superar o conterrâneo Victor Amorim (21/14, 18/21 e 21/12). O rival venceu na decisão do último Pan por duplo 21/14.
Na SU5 feminina, a representante do Brasil na final é Mikaela Almeida. Ela levou a melhor na semifinal diante da compatriota Bruna Vasconcellos (21/11, 15/21 e 21/16). Melhor ranqueada do Pan em sua classe, a brasileira finalista disputa o ouro diante da peruana Diana Golac, 2ª cabeça de chave e atual campeã continental. Para concluir, Rogério Oliveira venceu o também brasileiro João Pedro Oliveira, parciais de 21/15 e 21/12. Medalhista de ouro nas duas últimas edições do torneio continental, ele parte em busca do tricampeonato contra mesmo rival de 2022, quando venceu por duplo 21/12.
“Passei por algumas dificuldades para chegar até aqui e usei isso como combustível. Eu vim com um intuito só, que é defender o título. Isso será muito importante para me manter bem no ranking e abrir mais novas oportunidades nos campeonatos Level 1 que acontecerão no próximo ano para me preparar para o Mundial. Estou feliz com essa vitória. Sou bicampeão e estou indo buscar essa terceira conquista, o tricampeonato. Vou com tudo e, com certeza, darei 100. Buscar esse ouro é a minha maior meta. Vim para isso e tenho certeza que vai dar tudo certo”, afirmou Rogério Oliveira, atleta que representou o Brasil em Paris-2024.











