Delegação brasileira foi representada 25 vezes nas finais do Campeonato Pan-Americano de badminton, ainda neste dia. Foram 11 medalhas de ouro e 14 de prata para os atletas do país no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
O Campeonato Pan-Americano de Parabadminton de 2025 acabou neste domingo (26) e o Brasil concluiu participação com 49 medalhas, sendo 11 ouros, 14 pratas e 24 bronzes. Cinco atletas conquistaram o título em simples, com três deles mantendo suas hegemonias e dois campeões pela primeira vez. Marcelo Conceição (WH1) repetiu feitos das edições de 2014, 2018 e 2022 do torneio continental, Rogério Oliveira (SL4) sagrou-se tricampeão consecutivo e Ana Carolina Reis tornou-se a atual bicampeã das Américas. Já as vencedoras inéditas foram Kauana Beckenkamp (SL3) e Ana Gomes (WH1).
“A organização foi excelente. Mostramos um nível de entrega altíssimo e todos os países adoraram. Estou extremamente satisfeito porque nossa equipe é muito competente e queremos mais. É justamente isso que o Brasil está demonstrando. Somos capazes de fazer o campeonato continental e vamos buscar algo ainda maior até 2028. Com relação ao resultado esportivo, de 22 medalhas de ouro em disputa, ganhamos 11. Portanto, fechamos com resultado fantástico tanto no aspecto organizacional quanto no esportivo”, afirmou José Roberto Santini, presidente da Confederação Brasileira de Badminton (CBBd).
Campeões com hegemonias mantidas
Três dos cinco campeões do Pan de Parabadminton no individual mantiveram hegemonias. Marcelo Conceição é dominante na classe WH1 desde 2014, quando foi campeão na edição disputada em Cuba. Depois disso, ele ainda ganhou em 2018, no Peru, em 2022, na Colômbia, e agora em 2025, no Brasil, mais precisamente em São Paulo (SP), no Centro de Treinamento do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), local que recebeu o torneio continental. Na conquista em casa, Marcelo derrotou na final Arthur Dias, parciais de 20/22, 21/10 e 21/11.
“Foi um jogo bem disputado. No Brasileiro eu tinha perdido para ele, mas hoje vim confiante, mais inteiro, e consegui me consagrar mais uma vez campeão Pan-Americano”, declarou Marcelo Conceição, que em seguida analisou o jogo que lhe rendeu o título continental. “No primeiro set, eu cometi muitos erros. Já no segundo, eu consegui ajustar a batida e me concentrar mais. Consegui fazer um jogo melhor e coloquei as petecas onde eu queria”, completou o jogador brasileiro.
Logo atrás de Marcelo Conceição está Rogério Oliveira, tricampeão do Pan. Ouro em 2018 (Peru) e 2022 (Colômbia), o brasileiro conquistou o título em 2025 também. Na final, Rogério voltou a vencer o rival da briga pelo título na edição passada. Assim como em Cali, ele ganhou do mexicano Maximiliano Sosa, desta vez, por 21/11 e 21/17. “Jogar em casa é muito bom, com essa torcida maravilhosa e essa vibe de atuar dentro do CPB, que é a nossa casa. Estou muito feliz com essa vitória, me tornando tricampeão Pan-Americano”, disse Rogério Oliveira.
“Essa conquista é importante para mim e para o ranking, principalmente para o badminton brasileiro”, complementou. Já Ana Carolina Reis tornou-se bicampeã ao vencer, assim como em 2022, Edwarda Dias na final, games de 21/19 e 21/12. “É muito bom ganhar em casa. Apesar da final ter sido entre brasileiras, sempre é bom estar no primeiro lugar do pódio. No primeiro game, eu estava um pouco tensa por conta de que fazia tempo que a gente não se enfrentava. Depois, eu comecei a distribuir mais bola, me senti mais confiante em cada batida e o jogo fluiu”, analisou a atleta.
Títulos inéditos e ouros nas duplas
Kauana Beckenkamp e Ana Gomes ganharam o ouro no Campeonato Pan-Americano de Parabadminton de forma inédita. A primeira delas levou a melhor sobre a campeã da edição de 2022, a experiente Adriane Ávila. Na decisão da classe SL3, a nova medalhista de ouro venceu por games de 21/6 e 21/16. Já a segunda reencontrou Daniele Souza na decisão da WH1, para quem perdeu na edição anterior, em Cali, na Colômbia. Porém, desta vez, ela teve atuação superior e ganhou com parciais de 21/19 e 21/10.
Além dos cinco títulos em simples, o Brasil levou seis nas duplas. Na masculina WH1-WH2, Marcelo Conceição e Júlio Godoy bateram os compatriotas Victor Amorim e Arthur Dias (25/23 e 21/12) e saíram com o ouro, deixando os conterrâneos com a prata. Já na SH6, Vitor Tavares e o estadunidense Miles Krajewski alcançaram o lugar mais glorioso do pódio ao derrotarem os peruanos Nilton Ignacio e Hector Tunque (21/13 e 21/14). Nas mistas, Júlio Godoy e Daniele Souza ganharam na WH1-WH2 dos peruanos Michael Egas e Pilar Jauregui (21/18 e 21/13).
Ainda nas mistas, na SL3-SU5, Rogério Oliveira e Edwarda Dias fizeram 2 games a 0 em cima dos também brasileiros João Pedro Oliveira e Ana Carolina Reis, parciais de duplo 21/13. Por fim, nas parcerias femininas, Mikaela Almeida e Kauana Beckenkamp bateram Ana Carolina Reis e Abinaécia Silva, parciais de 21/7 e 21/19, e ficaram com o título da SL3-SU5, deixando as compatriotas com a prata. Já na SH6, a brasileira Ágata Souza, junto com a peruana Andrea Castañeda, venceu as conterrâneas Maria Eduarda Souza e Julia Huang: 21/15 e 22/20.
Medalhistas de prata
Além das pratas oriundas de dobradinhas, o Brasil ganhou mais seis em confrontos diante de rivais estrangeiros em finais. Nas individuais, Vitor Tavares sofreu revés para o estadunidense Miles Krajewski, seu parceiro de duplas, sets de 21/13 e 21/16, na SH6. Ainda no masculino, mas na WH2, Júlio Godoy acabou superado pelo chileno Jaime Aranguiz em três games: 21/17, 10/21 e 21/12. Já no feminino, Mikaela Almeida não resistiu ao melhor desempenho da atleta Diana Golac, do Peru. A adversária venceu, de virada, por 12/21, 22/20 e 24/22.
Nas duplas foram mais três pratas. Na masculina SU5, Felipe Costa e David Lima sofreram revés para o estadunidense Joshua Huang e do canadense Rishav Sharma, campeões com parciais de 13/21, 21/14 e 21/17. Na SL3-SL4, Frederico Chanoft e Leonardo Zuffo deram o melhor deles, mas Maximiliano Sosa, do México, e William Roussy, do Canadá, ficaram com o ouro, games de 21/19 e 21/17. Já nas mistas WH1-WH2, Maria Gilda Antunes e Auricélia Evangelista foram superadas pelas peruanas Jaquelin Javier e Pilar Jauregui: 21/12 e 21/13.
Confira os medalhistas de bronze:
– Rômulo Morais (WH1)
– Milani Gomes (WH1)
– Victor Amorim (WH2)
– Maria Gilda Antunes (WH2)
– Elis Franco (WH2)
– Jonathan Cardoso (SL3)
– João Pedro Oliveira (SL4)
– Melissa Vitoria Silva (SL4)
– Yuki Rodrigues (SU5)
– Bruna Vasconcellos (SU5)
– Maria Eduarda Souza (SH6)
– Amauri Viana/Rômulo Morais (WH1-WH2)
– Jaime Aranguiz (CHI)/Rodolfo Cano (WH1-WH2)
– João Gabriel Carbajal/Yuki Rodrigues (SU5)
– Jonathan Cardoso/Eugenio Cleto (SL3-SL4)
– Ana Gomes/Daniele Souza (WH1-WH2)
– Maiara Almeida Oliveira/Juscileia Silva (WH1-WH2)
– Adriane Ávila/Bruna Vasconcellos (SL3-SU5)
– Micaela Delgado (ARG)/Cristiane Lourenço (SH6)
– Renata Reis/Kauyne Luz (SH6)
– Marcelo Conceição/Silvia Arizapana (PER) (WH1-WH2)
– Vinícius Costa/Kauyne Luz (SH6)
– Yuki Rodrigues/Kauana Beckenkamp (SL3-SU5)
– David Lima/Adriane Ávila (SL3-SU5)
*com informações da CBBD











