Se os salários não forem pagos até sábado, as jogadoras não entrarão em campo na final do catarinense
O elenco do Avaí/Kindermann anunciou nesta terça (21) via redes sociais que entrou em greve. As jogadoras reclama do atraso de quatro meses de salários, além de condições precárias de trabalho. Elas anunciaram que se os valores não forem pagos até sábado, elas não entrarão em campo na decisão do campeonato catarinense, contra o Criciúma.
“Desde julho não há pagamento de salário, ou seja, quatro meses de trabalho sem salário. A alimentação foi ficando escassa e não é condizente com as necessidades de atletas de alto rendimento. Faltava o básico, não tínhamos dinheiro sequer para comprar materiais de higiene pessoal” diz trecho da nota conjunta divulgada pelas jogadoras do Avaí/Kindermann
As atletas também afirmam que duas jogadoras com lesões de ligamento cruzado anterior (LCA) ainda não foram submetidas à cirurgia. O comunicado cita nominalmente os dirigentes Júlio César Heerdt (presidente do Avaí), Rafael Sarda (presidente do Kindermann) e Jonas Estevão (diretor), acusando-os de fazer promessas não cumpridas sobre a regularização dos pagamentos.
As jogadoras já tinham feito protestos durante o campeonato catarinense, entrando em campo com faixas pedindo para que os salários atrasados fossem pagos. No acordo, o Avaí que cede o nome, investiu 1 milhão de reais aproximadamente na equipe em 2025 enquanto o Kindermann faz a gestão da equipe feminina, segundo o globoesporte.com. Até o momento, os dois times não se pronunciaram.
O Avaí tem passado por dificuldades financeiras, atrasando salários também na equipe masculina, que disputa a Série B do campeonato brasileiro. No total são um mês de salários, quatro meses de direitos de imagem e a premiação do campeonato catarinense
Confira abaixo a nota completa da equipe feminina do Avaí/Kindermann:
“Nós fomos contratadas em fevereiro desse ano. O Salário de abril foi pago em três vezes, a última parte em junho. O salário de maio, foi pago em duas vezes, a última em 31 de julho. Desde julho não há pagamento de salário, ou seja, 4 meses de trabalho sem salário.
O campeonato catarinense 2025 começou 19 de julho, realizamos todos os treinos e os 9 jogos, ou seja, chegamos à final disputando todo o campeonato sem qualquer salário.
Do início da temporada até hoje a alimentação foi ficando escassa é não é condizente com as necessidades de atletas de alto rendimento, falta o básico.
Não tínhamos dinheiro sequer para comprar os materiais de higiene pessoal. Duas atletas sofreram lesões graves, rompimento do LCA, em abril e agosto, até hoje não realizaram submetidas a cirurgia reparadora.
O presidente do Avaí Júlio Heerdt , o presidente Kindermann Rafael Sardá , o diretor Jonas Estevão realizaram inúmeras promessas de pagamento, mas nunca realizaram. Respeitem as mulheres !”











