Treinador e levantadora projetaram início do Brasil na Liga das Nações e ausência de Gabi Guimarães
*Por João Vitor Prudente e Matheus Maia
Nesta terça-feira (3), véspera da estreia da Liga das Nações, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) realizou uma ação inédita: reuniu todas as capitãs dos elencos para a realização de uma entrevista coletiva com a imprensa.
No Rio de Janeiro, uma das sedes da primeira semana da competição, as capitãs Macris Carneiro (Brasil), Roni Jones-Perry (Estados Unidos), Anna Danesi (Itália), Camilla Weitzel (Alemanha), Michaela Mlejnková (Rep. Tcheca) e Kang So-hwi (Coreia do Sul) participaram da roda de conversa, mediada pela ex-atleta britânica Ci Michel.
Sem a ponteira Gabi na primeira semana da competição, o técnico José Roberto Guimarães delegou a função de capitã a Macris, que tem a prata e o bronze olímpico no currículo.
“Já tive oportunidade de exercer essa posição em outros anos. Naturalmente a gente exerce um papel de liderança. Por ser uma das mais experientes, por ser levantadora. Naturalmente tentamos entregar o nosso melhor e servir da melhor maneira.”
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O técnico José Roberto Guimarães, que também participou da coletiva, comentou sobre Gabi e salientou que a jogadora é crucial para o time, mas afirmou que outras atletas podem aproveitar a oportunidade, “Nunca é bom estar sem a Gabi. É oportunidade de outras jogadores poderem jogar, se apresentarem e tendo suas experiências sem a nossa capitã e uma das melhores jogadoras do mundo. Mas nunca é bom estar sem a Gabi. Never, ever.”
Macris também foi questionada sobre a dificuldade que a seleção encontra no processo de renovação ao longo dos ciclos.
“A posição de levantadora exige uma maturidade e essa experiência. Temos excelentes levantadoras no Brasil que vão evoluir e ganhar essa experiência ao longo do tempo. Sempre é uma honra defender a seleção. Meu planjeamento é entregar o melhor que eu puder, estando preparada fisicamente e mentalmente. Se for da vontade do Zé, vou estar a disposição para fazer o meu melhor sempre.”
O técnico José Roberto Guimarães foi questionado sobre o planejado para o ciclo olímpico dos Jogos de Los Angeles, a serem realizados em 2028, nos Estados Unidos, que já começa com um Mundial. O evento está programado para ser disputado entre agosto e setembro deste ano.
“A gente tem que eleger as prioridades do quadriênio. Jogos (olímpicos), Mundiais, VNL (Liga das Nações) e outros campeonatos. A federação fez uma coisa boa: diminuiu os campeonatos ao longo dos anos. Elas (jogadoras) terão um descanso maior e vão produzir mais (em quadra). Ainda assim, nossa filosofia é a mesma.”
O técnico, que está a 22 anos a frente da seleção, comentou sobre a possibilidade de encerrar o vínculo a frente da seleção após o ciclo. “Eu não penso nisso. Temos que pensar no dia a dia, na evolução e no ganho de experiência dessas meninas. Isso é o mais importante neste ciclo, tentando com que o Brasil chegue no pódio. Esse sempre foi o nosso objetivo e temos conseguido. Exceto o Rio, que não me troxe muita sorte. Em 2008, 2012, 2021 e 2024, o Brasil sempre esteve no pódio e esse é o nosso objetivo”
A primeira partida acontece nesta quarta-feira, às 17h30 (horário de Brasília), contra a República Tcheca. A partida será transmitida pelo sportv 2.