Brasil conquistou 12 medalhas na Universíade
Entre os dias 16 a 27 de julho de 2025 foi disputado em Rhine-Ruhr, região da Alemanha, os Jogos Mundiais Universitários, popularmente conhecidos como Universíade. Realizados de dois em dois anos, para participar os atletas precisam ter entre 18 a 25 anos e obrigatoriamente estar cursando uma faculdade. Apesar disso, o nível dos jogos são fortes, com diversos atletas que também participam nas olimpíadas e até campeões mundiais.
O Brasil levou uma delegação de mais de 200 atletas em 13 dos 19 esportes representados. Os únicos esportes que não tiveram participação brasileira foram: basquete 3×3, esgrima, ginástica rítmica, remo, polo aquático e tiro com arco. Ao todo o Brasil conquistou 12 medalhas, sendo 2 de ouro, 3 de prata e 7 de bronze, ficando na 23º posição do quadro geral de medalhas. Um total de 59 delegações conquistaram pelo menos uma medalha.
O destaque brasileiro maior foi no taekwondo. Nele foram um ouro, uma prata e dois bronzes, com o ouro obtido por Maria Clara Lima Pacheco na categoria até 57 kg feminina ao derrotar a tunisiana Chaima Toumi. A prata brasileira foi obtida por Vinicius Assis Matos com a derrota na final para o georgiano Zurab Kintsurashvili na categoria até 74 kg masculina. Matheus Gonçalves Silva, na até 54 kg masculina, e Mikaela Oliveira dos Santos, na até 73 kg feminina levaram os bronzes verde-e-amarelo.
Além do taekwondo, outro esporte de combate que concedeu medalhas pro Brasil foi o judô. Beatriz de Freitas só foi derrotada na final para a alemã Anna Monta Olek e teve que se contentar com a prata na categoria até 78 kg feminina. Dias antes, Henrique Gusmão da Silva havia levado o bronze na categoria até 66 kg masculina. Além disso, no último dia de judô, o Brasil também foi bronze por equipes mistas.
Outro destaque ficou por conta dos esportes coletivos. No vôlei os meninos só foram parados pela Polônia, conquistando a prata, enquanto que as meninas venceram a Alemanha, donas de casa, na disputa do bronze. No basquete os meninos chegaram até à final, e, num jogo inesquecível para cada jogador brasileiro em quadra, conquistaram o ouro em cima dos Estados Unidos, com direito a recuperar mais de 20 pontos de diferença no último quarto e levar a partida para a prorrogação, onde viraram o jogo e terminaram com vitória por 94 a 88.
As demais medalhas do Brasil saíram na natação, com bronze no revezamento livre masculino 4×100 m e no atletismo, com bronze de João Pedro Silva de Azevedo no salto triplo masculino.
O líder do quadro de medalhas foi o Japão, que até o antepenúltimo dia de competições estava em terceiro, mas que no penúltimo dia ganhou nada mais nada menos do que onze ouros num único dia, em competições de ginástica artística (4), tênis (3), atletismo (3) e judô (1). Assim, os japoneses encerraram com 34 ouros, 21 pratas e 24 bronzes. Em segundo ficou a China, com 30 ouros, 27 pratas e 17 bronzes. Completando o top-3 os Estados Unidos obtiveram 28 ouros, 27 pratas e 29 bronzes, mas, apenas a título de curiosidade, 27 desses ouros foram somente na natação e o outro ouro foi conquistado no taekwondo.
A próxima Universíade já está marcada para os dias 01 a 12 de agosto de 2027 na província de Chungcheong, na Coreia do Sul. Uma edição com esportes de inverno também está programada para o ano de 2027, mas ainda sem sede ou data definidas.
Hugo Magliano
Carioca, 30 anos, formado em técnico em administração e viciado em acompanhar coberturas esportivas. Sou fã de uma infinidade de esportes, sobretudo os de inverno. Diariamente assisto partidas de xadrez na internet e na escola joguei tênis de mesa (não profissionalmente).Minha primeira lembrança olímpica foi em Atenas 2004, onde lembro da força de vontade e persistência do Vanderlei Cordeiro de Lima na maratona. Em 2007 fiz um trabalho escolar sobre o Pan do Rio de Janeiro e me apaixonei em acompanhar quadros de medalhas. Estou sempre buscando histórias curiosas proporcionadas pelo esporte.
